BIENAL DE ARTES
Foto: Nenhum
“A Escola por ser um pedaço da Amazônia já é especial. Quando ela se abre para a comunidade nos dá acesso a tudo o que uma floresta pode oferecer. Tu imagina a gente no meio da cidade tendo uma floresta que nos oferece cultura, diversão e lazer? Quem pensou nesse evento está de parabéns”, disse Jandira Pimentel, de 58 anos, e especialista em educação, durante a III Edição do Amazonizar, que faz parte da I Bienal de Artes de Belém, promovido pela Prefeitura de Belém com o tema "Afirmação de direitos".
O evento ocorreu neste sábado, 24, na Fundação Escola Bosque (Funbosque) e reuniu comunidade, alunos e corpo pedagógico em uma grande celebração, com apresentação teatral, roda de capoeira, show musical, contação de história, sarau e outros.
“Belém é uma cidade amazônica e a Funbosque tem o papel muito especial de conseguir trazer essa consciência para a população em um encontro de valorização de saberes. Sempre buscando fazer uma conscientização ecológica, da necessidade de preservação do meio ambiente e do desenvolvimento de projetos sustentáveis na região insular de Belém”, destacou o presidente da Escola Bosque, Alickson Lopes.
O público tomou conta das trilhas da Fundação com o Boi Misterioso de Caratateua, do mestre Apolo, e fizeram um grande espetáculo cultural. A apresentação teatral da cobra grande encenada pelos alunos das turmas Tucuxi e Beija-flor, do 5º ano da tarde, encantou a plateia.
A feira de artesanatos e de produtos da agricultura familiar da Ilha ficaram entre os espaços mais procurados durante a programação. “É muito gratificante somar em um evento levar para dentro da escola artesãos e valorizar a mão de obra local. Isso aqui existe na nossa comunidade, isso é de vocês, é para vocês”, disse a diretora social do Instituto Amigos da Floresta Amazônica (Asflora), Joseane Marques.
Os visitantes também puderam participar no Casarão da Cultura Amarildo Mattos do lançamento do livro Memórias e Experiências de Lutas Populares em Belém-PA, escrito por André Vasconcelos, ex-aluno da Escola, e da performance "O Xamã".
No evento, os participantes receberam doação de mudas arbóreas e medicinais que são cultivadas no Projeto AMA, conheceram os projetos desenvolvidos na Casa Escola da Pesca e tiveram a experiência de cerâmica no Ecomuseu da Amazônia.
Clique aqui e acompanhe toda a programação da Bienal.