EDUCAÇÃO
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Com o lançamento da revista norte-americana Make Magazine, o movimento maker tornou-se popular e ganhou força no mundo todo e a cada ano se expande, tornando-se um aliado da educação. Na cultura maker, o "faça você mesmo" é o lema da vez, e isso vem sendo introduzido nas escolas, onde a metodologia utilizada conduz o estudante ao protagonismo e autonomia nas atividades.
Na cultura maker, qualquer indivíduo pode construir, produzir e fabricar qualquer objeto e projeto que se prontifique a fazer. É um método que traz diversos benefícios e vantagens ao aprendizado, proporcionando uma qualificação completa ao aluno. As atividades oferecidas nesse espaço, servem para desenvolver diversas habilidades como o pensamento crítico, raciocínio e criatividade.
O ponto chave dessa nova metodologia de ensino é o aprender fazendo, ou seja, colocar a mão na massa, que concilia a experimentação e a abstração do conhecimento para transformar vidas. A proposta é um ambiente de aprendizagem transdisciplinar que integra o uso das tecnologias no estímulo da educação, além de fomentar o desenvolvimento da criatividade, a construção de um relacionamento saudável entre professor e aluno, a estimulação do senso de empreendedorismo e o compromisso com os demais colegas de sala.
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De acordo com a diretora pedagógica do Colégio Physics, Lorena Jacob, a Sala Maker é um lugar capaz de proporcionar todos os recursos que os alunos necessitam para obter êxito, seja em suas demandas pessoais e profissionais. “O projeto nasce com o intuito de fazer aquele conhecimento ser mais apropriado, no sentido de concreto, fazendo com o que o aluno saia do conteúdo dos livros, dos recursos da internet, ou seja, da teoria e coloque a mão na massa. Recursos do mais simples, como um parafuso, até uma cortadora 3D, são ferramentas encontradas no espaço que leva esse aluno a concretizar o que ele tinha então a nível de pensar”, comenta.
Lorena explica que a Sala Maker não precisa ser necessariamente um espaço físico. “Quando se tem um espaço físico melhor ainda, mas quando não tem o experenciar pode ser feito de diversas formas. Então o objetivo da Sala Maker é tirar esse aluno apenas do abstrato para o concreto. Eu costumo dizer que foi uma forma que encontramos de gerar mais ludicidade no sentido de estímulo. O aluno tem o conhecimento dentro de sala, do plano regular e ele vem para construir, solidificar através desse espaço”.
A diretora pedagógica ainda enfatiza que na atual realidade tecnológica, os alunos possuem um vasto conhecimento através da internet, porém, não possuem a prática, a vivência. “Dizemos até que eles são nativos digitais, desde a menor idade até a maior idade, onde muitas das vezes seus conhecimentos ultrapassam o nosso. Mas eles estão sedentos por experiência. Então o espaço maker surge para dar esse plus nas disciplinas regulares. No Colégio Physics o projeto engloba as turmas do 1º ao 9º ano do ensino fundamental das unidades Três Corações, Augusto Montenegro e Batista Campos, já com planos de expansão para as demais unidades da rede”, conclui.