MERCADO AQUECIDO
Quando falamos de Páscoa, pensamos logo nas gostosuras dos ovos de chocolate. Mas não é só de doces que vive o cardápio da Semana Santa. Devido à tradição religiosa católica romana, de não comer carne vermelha durante a quaresma e a Semana Santa, há um aumento do consumo de peixes na mesa dos brasileiros nesse período.
Os peixes possuem grande quantidade de cálcio, fósforo, ferro e iodo, proteínas de alto valor biológico, além do conhecido Ômega 3, que tem ação antioxidante e anti-inflamatória, segundo a professora do curso de Nutrição da Estácio, Sandra Prudente. Mas, a compra do alimento requer cuidados para manter a qualidade, por ser muito sensível.
A nutricionista também ressalta a importância de o pescado estar inserido no dia a dia, além das datas festivas. “Alguns exemplos de pescados com boa concentração dessa gordura saudável são, por exemplo, a sardinha e o atum. Sendo assim, seu consumo deve ser feito pelo menos duas vezes por semana, ao invés de apenas na quaresma”, explica a professora.
Sobre os cuidados necessários na hora de comprar, segundo a professora, o indicado é sempre escolher peixe fresco. No caso, se for marítimo, que tenha cheiro de maresia. “Quando no mercado, o pescado deve estar refrigerado, com cor viva, olho brilhante e com as escamas bem aderidas ao corpo”, recomenda.
Como identificar o bacalhau verdadeiro
Em épocas como a Semana Santa, quando aumenta a procura por pescados, o bacalhau costuma estar entre os mais consumidos. Mas você sabia que bacalhau não é uma espécie de peixe, mas sim, vários? A informação é conhecida por poucos, apesar de o produto ser um dos mais consumidos — especialmente nas datas comemorativas como a Semana Santa e o Natal.
Por mais estranho que pareça, a verdade é que três espécies marinhas podem ser vendidas com esse nome. O peixe torna-se “bacalhau” por causa do processo pelo qual estas espécies são submetidas.
Segundo Sandra Prudente, pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, somente pode ser denominado como bacalhau o produto salgado ou salgado seco, quando elaborado com peixe das espécies Gadus morhua (Bacalhau Cod), Gadus macrocephalus (Bacalhau Pacífico) e Gadus ogac (Bacalhau Groenlândia), devendo constar, na rotulagem, o nome científico da espécie utilizada. Então a orientação é verificar na embalagem a identificação por esses nomes.
Com informações da Ascom da Estácio.
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