CINEMA

Super Mario Bros. O Filme é um deleite para velhas e novas gerações

Animação é mais um acerto recente nas adaptações de jogos de videogame para os cinemas

Depois de assistir nada menos que duas sessões de Super Mario Bros. O Filme (não resisti!) posso afirmar que temos uma produção que cativa tanto os fãs mais antigos da franquia - jogadores de videogame que nunca largaram os controles ao longo das últimas décadas - quanto os espectadores que, por alguma razão, não tiveram contato prévio com o universo do encanador mais famoso da cultura pop. 

Em 92 minutos - sim, também achei rápido -, somos bombardeados com uma verdadeira chuva de referências e citações a outras franquias da Nintendo, além de trechos muito bem colocados das principais trilhas sonoras dos games protagonizados por Mario e companhia como Super Mario World, Mario Galaxy, Mario Odyssey, Mario Kart e muito mais. 

 

A vontade que dá, durante a exibição da animação, é de pausar o que está sendo exibido e ir anotando em um caderninho cada pedacinho de fã service escolhido pelos diretores Aaron Horvarth e Michael Jelenic (conhecidos pelo roteiro de Jovens Titãs em ação). Aliás, a escolha por trazer Donkey Kong para a produção como um coadjuvante foi mais que acertada, afinal, ouvi de vários gamers que deixaram as sessões que assisti sussurros sobre termos um filme solo do macacão nos próximos anos - tomara que isso de fato se realize.

Embora o enredo do filme não seja tão profundo quanto outras produções de animação, como Up Altas Aventuras e Divertidamente, por exemplo, Super Mario Bros. O Filme é extremamente assertivo ao desconstruir estereótipos. Nesse sentido, temos uma Princesa Peach retratada de forma empoderada e protetora - ao invés de apenas uma figura frágil e que precisa ser resgatada de um castelo. Além disso, a dinâmica entre os irmãos Mario e o vilão Bowser é extremamente divertida (às vezes tensa também) e bem construída.

As referências aos jogos e a trilha sonora - ora mergulhada em hits do bom e velho rock n’ roll, ora retirada dos cartuchos de Super Nintendo e do Nintendo Switch - são elementos que ajudam a consolidar a atmosfera de uma aventura que com certeza não será a única do Reino Cogumelo em tela grande. 

Temos aqui um filme nota 9.5, simplesmente pelo fato de que a perfeição só existiria se eu pudesse ter entrado na sala de cinema do Cinesystem Ananindeua, a convite da Rádio Unama FM, com um controle de Nintendo 64, Super Nintendo ou Game Cube nas mãos pra controlar os personagens Mario, Luigi, Princesa Peach, Toda e Donkey Kong, do jeitinho que eu gostaria. Ah! Não esquecem de ficar para acompanhar as duas cenas pós créditos!

Filme arrecadou quase US$ 400 milhões em seu final de semana de estréia

Super Mario Bros.: O Filme, produzido em parceria pela Universal Pictures e Illumination Entertainment, se tornou um verdadeiro fenômeno ao arrecadar US$ 377 milhões em sua abertura global. Foram US$ 204,6 milhões domésticos (nos Estados Unidos) e US$ 173 milhões internacionalmente.

Temos aqui a maior abertura global da história para um filme animado, superando Frozen II com US$ 358 milhões. A produção também conquistou a maior abertura doméstica de 2023, deixando Homem-Formiga e a Vespa: Quantumânia para trás com US$ 106 milhões, além de se tornar a segunda maior abertura doméstica da história para um filme animado, superando Procurando Dory, que fez US$ 135,1 milhões. Super Mario Bros. O Filme também conquistou a maior abertura da Illumination, superando Minions, de 2015, com US$ 115,7 milhões.

Com base na excelente recepção do público nesse primeiro final de semana de exibição, a marca de US$ 1 bilhão em bilheteria não parece tão distante para a turma do Reino do Cogumelo. É esperar pra ver.


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