ECONOMIA E TURISMO
Foto: Ascom/Funbosque
Encerrando a programação da 21ª Semana Nacional de Museus, visando a valorizar a cultura local e levar a população para espaços turísticos ainda pouco explorados, a Prefeitura de Belém, por meio do Ecomuseu da Amazônia, da Fundação Escola Bosque (Funbosque), realizou o roteiro de memória na ilha de Caratateua, no sábado, 27.
Os visitantes foram recebidos no Ecomuseu, onde conheceram o espaço Ecoarte, como demonstração da produção de peças em cerâmica, e a Galeria Jirau, que possui um acervo com elementos icônicos do artesanato paraense, principalmente objetos em cerâmica e de madeira, confeccionados por moradores da região insular.
Caratateua, uma das 39 ilhas de Belém, é conhecida popularmente como Outeiro.
Preparação para a COP-30
“O turismo de base comunitária é um caminho para preservar o meio ambiente, a memória dos fazedores de cultura e potencializar a geração de renda das comunidades, bem como proporcionar a imersão na cultura local. Já estamos nos preparando para oferecer essa vivência cultural para todos que vem participar da COP-30, em novembro de 2025”, explicou Murilo Rodrigues, coordenador do Ecomuseu da Amazônia.
COP-30 é a Conferêcia da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre Mudanças Climáticas, confirmada para acontecer em Belém em 2025. Belém receberá cerca de 70 mil visitantes de outros estados e países, o que já movimenta a agenda de obras e serviços na capital paraense.
A vista em Outeiro percorreu também o Museu e Ponto de Cultura Pássaro Ninho do Colibri, onde assistiram à apresentação de uma ópera popular e de balé, das crianças atendidas pelo espaço. A terceira parada foi na Casa da Mariana, lugar de manifestação de fé, e prestigiaram a encenação do Cordão de Pássaro Pipira da Água Boa.
“Eu participei do roteiro na ilha de Cotijuba e aqui em Caratateua, e te digo que foi uma experiência única para conhecer e absorver o melhor das vivências dos fazedores de cultura. Nossa cidade é rica e precisamos nos permitir explorar”, disse a graduanda de turismo Izabela Ramos.
O roteiro cultural, no sábado, encerrou no Sítio do Baiano, onde os participantes desfrutaram uma comida regional, muito deliciosa, curtindo uma piscina natural ao som de carimbó, com o Grupo Parafolclórico Tucuxi.
Roteiro patrimonial na Ilha de Cotijuba
Já no 1º roteiro patrimonial cicloturístico, realizado no dia 18, na Ilha de Cotijuba, os visitantes conheceram as ruínas do Educandário Nogueira de Farias, o quiosque Ecomuseu, o Movimento de Mulheres das Ilhas de Belém (MmIB), o quintal produtivo dona Deca, o templo de Umbanda Caboclo Rompe Mato Mãe Márcia e assistiram à apresentação cultural Vaca Bumbá Rosinha Cheirosa, no restaurante Mirante da Pedra Branca.
“Estou em Belém há três meses e fiquei muito surpresa de conhecer a dimensão da floresta que vocês têm", comentou a paulista Angela Grillo, professora de literatura da UFPA. "Estou encantada com os sabores das frutas, das comidas e com a cultura da região amazônica. Sou privilegiada de vivenciar essa experiência no passeio na Ilha de Cotijuba”.