Margem Equatorial
O vice-presidente da Federação das Indústrias do Estado do Pará (FIEPA), Alex Carvalho, representou a entidade nesta sexta-feira (16/06), em uma Audiência Pública na Assembleia Legislativa do Estado do Pará, para debater soluções que garantam a execução do projeto de exploração de petróleo e gás na Margem Equatorial, considerada a nova fronteira energética nacional em águas profundas e ultraprofundas no Brasil.
Requerida pelo deputado estadual Gustavo Sefer, a audiência pública ocorre após o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama) negar, em maio deste ano, a liberação da licença solicitada pela Petrobras para a perfuração do poço no bloco FZA-M-59, no Estado do Amapá, localizado a mais de 500 km da foz do Rio Amazonas. A perfuração é um procedimento necessário para investigar o potencial da reserva e iniciar o processo exploratório na região.
Segundo Sefer, que também é autor do requerimento que estabeleceu a Frente Parlamentar para Estudos sobre a Exploração de Gás e Petróleo na Região Norte, o debate sobre a exploração na Margem Equatorial é antigo, porém e necessário para garantir a independência energética do país. “Durante anos, diversos outros poços como esse já foram perfurados nessa mesma Margem Equatorial. Então isso não é nenhuma novidade. No entanto, acreditamos agora, encontramos um local que tem um maior potencial e ainda que todos nós entendamos a necessidade dessa transição energética, da utilização de cada vez mais energias renováveis, durante alguns anos ainda vamos depender sim, do petróleo porque absolutamente tudo depende do petróleo. E o nosso país precisa encontrar novas áreas de perfuração com capacidade de extração”, afirmou o parlamentar.
Para a FIEPA, que nos últimos anos intensificou as ações e o posicionamento em favor da exploração de petróleo no Norte do País, por meio de encontros e discussões com diversos setores da sociedade e lideranças econômicas, acadêmicas, sociais e políticas locais e nacionais, o projeto da Margem Equatorial representa uma oportunidade para que o Estado do Pará e a região Norte consigam desenvolver sua economia e garantir mais qualidade de vida para a população.
“Ao defender a exploração de petróleo na Margem Equatorial, nós estamos defendendo a preservação ambiental, acima de tudo. Os estudos indicam que há uma viabilidade econômica e um grande potencial de exploração em toneladas de barris de petróleo. Fazendo uma análise comparativa com os benefícios que essa atividade trouxe para outros estados é indubitável que o desenvolvimento que vai gerar será capaz de transformar a realidade do nosso Estado”, analisa Alex Carvalho.
“Então, enquanto entidade representativa da indústria do Estado do Pará, não podemos aceitar que nos tirem o direito de sonhar com a possibilidade de transformarmos efetivamente a realidade da sociedade muito pobre do nosso Estado que, paradoxalmente, é muito rico”, afirmou o vice-presidente da FIEPA.
Para o superintendente do Sebrae no Pará, Rubens Magno, a atividade petrolífera na região vai beneficiar micros e pequenas empresas locais. “No nosso Estado 95,6% das empresas são micros e pequenas, e todas as vezes que grandes empreendimentos se instalam, como por exemplo, a Usina Hidrelétrica de Belo Monte ou o Projeto Ferro Carajás S11D, essa cadeia periférica (de micros e pequenas empresas) é muito afetada, com o aumento da necessidade de padarias, papelarias, docerias, e essas empresas fazem a distribuição da renda”, explicou o superintendente do Sebrae no Pará.
O deputado Estadual Iran Lima também subiu à tribuna para falar sobre a importância do empreendimento para a economia do Estado do Pará. “Será uma nova possibilidade de crescimento na arrecadação brasileira, tanto da União quanto dos Estados e dos municípios que vão ser impactados por esse empreendimento. É uma atividade econômica nova para nós aqui, e o nosso principal imposto é o imposto sobre consumo, então automaticamente aumenta o consumo da população paraense, cresce a nossa arrecadação e com isso toda a nossa população será beneficiada”.
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