CIÊNCIA & AMAZÔNIA


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Gabriel Araújo Barbosa, 16 anos, mora no município de Ananindeua, na Região Metropolitana de Belém. No Coqueiro, bairro onde vive, assim como em todos os lugares e momentos da nossa vida, a matemática está no cotidiano das pessoas. Quando observam a hora no celular, para não se chegar atrasados na escola ou trabalho, no número do ônibus coletivo que embarcamos. Também está na rotina de quem supre as necessidades do lar e precisa calcular o salário relacionando com as despesas de água, energia, aluguel, compras do supermercado. Ou seja, os números de 0 a 9 e suas infinitas combinações, estão em todo lugar, a qualquer momento.
Entretanto, nem todo mundo dá importância aos números, fundamentais em nossa rotina. Mas, assim como fez o grego Tales de Mileto, o inglês Isaac Newton e tantos outros, o jovem paraense Gabriel, que nasceu em Belém, capital do Pará, não só prestou atenção à matemática como resolveu se dedicar a ela, o que o levou a vencer a 4ª Olimpíada Internacional de Matemática Copernicus, na categoria IV da premiação internacional cujo nome é inspirado no também matemático Nicolau Copérnico (1473-1543) e que aconteceu no último dia 11 de julho, em Nova York, nos Estados Unidos.

inspirou os futuros matemáticos brasileiros.
“Essa classificação é algo muito importante para mim pois é o meu primeiro prata e um passo para o meu sonho de estudar no Canadá com bolsa de estudos”, conta o jovem que hoje é referência para a ciência brasileira e da Amazônia paraense, uma inspiração a outros jovens que queiram investir na área.
Gabriel, que estuda na Ideal Militar e viajou com a organização Mathlethes, do Brasil, para a competição nos Estados Unidos, competiu, inicialmente, com 500 alunos de 130 países e em sua categoria concorreu com mais de 50 estudantes.
“Essa premiação representa muito para ele. É a primeira medalha de prata, muito especial por ser internacional e por ele ter sido o único representante do Norte do Brasil na olimpíada. Representa a realização de um sonho”, comemora Ana Carolina de Araújo Barbosa, mãe do jovem, ao relatar que, no ano passado, ele havia se frustrado por não ter mergulhado de cabeça nas olimpíadas e com um pouco mais de esforço, ente ano a vitória veio e ele está colhendo os frutos.
Além de Gabriel, a jovem Natália Trigueiro, de 10 anos de idade, também trouxe a medalha de prata para a Amazônia, na categoria I da 4ª Olimpíada Copernicus. A estudante do quinto ano do ensino fundamental mora em Belém, capital do Pará.