CLIMA E SUSTENTABILIDADE






Foto: Ronaldo Gillet
Os Diálogos Amazônicos começaram nesta sexta-feira, 04, no Hangar Centro de Convenções e Feiras da Amazônia, em Belém do Pará, reunindo povos amazônidas para uma ampla discussão sobre os desafios e potencialidades da região. O evento, resultado de uma colaboração entre a Secretaria-Geral da Presidência da República e o Ministério das Relações Exteriores, conta com cinco plenárias-síntese, cada uma com a participação de 3 mil pessoas. As conclusões desses debates serão usadas para gerar relatórios que orientarão a Cúpula da Amazônia, agendada para os próximos dias 8 e 9 de agosto.
Durante essa grande convenção, estão sendo abordados temas como a mudança climática, a inclusão dos povos indígenas, a agroecologia, os trabalhadores florestais e o combate ao garimpo ilegal. "Os Diálogos Amazônicos são uma oportunidade para os movimentos sociais dos países amazônicos expressarem suas perspectivas sobre os problemas e potencialidades da floresta", aponta Márcio Macêdo, ministro da Secretaria-Geral da Presidência.
Espera-se que até o final do evento, cerca de 10 mil pessoas marquem presença no Hangar. Uma oportunidade para a exploração de tópicos como direitos das mulheres na Panamazônia, saúde, segurança alimentar, inovação científica, mudanças climáticas e sociobioeconomias regionais. "Os resultados desses diálogos moldarão políticas públicas visando o desenvolvimento sustentável da região. Além disso, teremos uma política de encontros permanentes desse tipo a partir de agora no coração da Amazônia. A COP-30 já começou", declarou o Ministro das Cidades, Jader Filho.
Quem também esteve presente no primeiro dia de Diálogos Amazônicos foi a Ministra do Meio Ambiente, Marina Silva. "Estamos certos de que essa iniciativa de ouvir os povos da floresta é um marco histórico e que com os povos amazônidas sendo ouvidos as políticas públicas tendem a chegar com mais força até eles", afirmou a ministra, apontando para um futuro promissor para a Amazônia antes, durante e depois da COP-30, que será realizada em 2025 na capital paraense com a presença de autoridades de todo o planeta.
SAÚDE EM PAUTA NO SEGUNDO DIA DE EVENTO
Uma das plenárias que mais chama a atenção é a programada para o dia 5 de agosto (sábado) que abordar o tema “Saúde, soberania e segurança alimentar e nutricional na região amazônica: ações emergenciais e políticas estruturantes”, Esse diabete está programado para ser realizado entre 9h e 12h.
Ainda no sábado, no início da tarde será a vez da realização de uma plenária transversal sobre juventudes (entre 13h e 16h). “Como pensar a Amazônia para o futuro a partir da ciência, tecnologia, inovação e pesquisa acadêmica e transição energética” será o tema do debate da terceira plenária-síntese, que será realizada entre 17 e 20h.
FECHANDO O EVENTO COM MUDANÇAS CLIMÁTICAS EM PAUTA
Já no domingo, 6, último dia dos Diálogos Amazônicos, será a vez da “Mudança do clima, agroecologia e as sociobioeconomias da Amazônia: manejo sustentável e os novos modelos de produção para o desenvolvimento regional” entrar na pauta da quarta plenária-síntese, entre 9h e 12h. A plenária transversal do dia, de 13h às 16h. tratará sobre as “Amazônias Negras e: Racismo Ambiental, Povos e Comunidades Tradicionais”. Encerrando o evento, a quinta e última plenária-síntese vai debater a inclusão dos povos indígenas. A plenária, entre 17 e 20h, finalizará toda a programação dos Diálogos.
CÚPULA DA AMAZÔNIA
A partir de tudo o que for discutido nos Diálogos Amazônicos, especialmente nas plenárias-síntese, serão produzidos cinco relatórios que serão entregues aos presidentes dos países presentes à Cúpula da Amazônia, programada para os dias 8 e 9, e poderão orientar a implantação de políticas públicas voltadas ao desenvolvimento sustentável de toda a região.
O encontro vai reunir, além do presidente brasileiro, chefes de Estado de Bolívia, Colômbia, Equador, Guiana, Peru, Suriname e Venezuela. O presidente da França, Emmanuel Macron, a convite do Itamaraty, também confirmou presença no evento.