ENCONTROS DA CÚPULA

Na véspera da abertura da Cúpula da Amazônia, o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, e a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, estiveram reunidos em Belém com ministros-membros da Organização do Tratado de Cooperação Amazônica. São eles: Bolívia, Colômbia, Equador, Guiana, Peru, Suriname e Venezuela, além do Brasil.
“Todos esses países fazem parte de um bioma tão importante e são os que devem liderar, portanto, as iniciativas para cuidar da região. Estamos falando de um bioma estratégico para o planeta, onde vivem quase 50 milhões de pessoas desses oito países. É uma região que exige um compromisso forte e de coordenação estreita dos países”, avaliou Mauro Vieira, durante coletiva de imprensa.
Ainda nesta segunda-feira, participaram de reuniões três países com grandes extensões de florestas tropicais na África e na Ásia: República do Congo, República Democrática do Congo e Indonésia. Também foram convidados para este segundo encontro Alemanha e Noruega, países classificados pelo ministro como importantes contribuidores para o Fundo Amazônia, e França, em razão da Guiana Francesa.
“Como resultado dessa cúpula, teremos a Declaração de Belém, que foi negociada por esses oito países num tempo recorde, pouco mais de um mês. Essa declaração, a ser aprovada pelos presidentes no dia de amanhã, dá instruções para que os ministros do Exterior e as autoridades de nível ministerial instruam a organização do Tratado de Cooperação Amazônica das novas tarefas e novas metas enumeradas.”
“O Brasil, a região e o mundo mudaram. Nossos países precisam levar em conta novas demandas, novas expectativas e novos atores. É isso que estamos fazendo com essa cúpula que hoje tem lugar. Nosso objetivo, ao promover essa reunião aqui no Brasil e em Belém, é reativar os canais de diálogo com os países da região para que, por meio da cooperação, possamos encontrar soluções para desafios comuns em benefício das nossas populações”, concluiu.
Governo x sociedade
Durante a coletiva, Marina Silva lembrou que a Cúpula da Amazônia foi pensada em dois trilhos: o do segmento governamental e o da sociedade civil. “Não dá mais para os governos acharem que vão fazer as coisas unilateralmente para as pessoas, as empresas, a sociedade. Terão necessariamente que fazer com as pessoas”, disse.
“É preciso fazer políticas públicas para a Amazônia com base em evidência. Não é o momento de a gente ter atitudes erráticas e qualquer atitude que não considere o que a ciência está dizendo pode cometer erros que são irreversíveis e com grande prejuízo”, concluiu.
Com informações da Agência Brasil.