CAMPANHA
Na tarde da última quinta-feira (23), o Hospital Riomar da Hapvida NotreDame Intermédica realizou uma ação alusiva ao Novembro Roxo, mês dedicado à conscientização sobre a prematuridade. De acordo com o Ministério da Saúde, mais de 340 mil nascimentos por ano no Brasil são de bebês prematuros, o que equivale a seis casos a cada dez minutos. Nesse sentido, os cuidados devem ser iniciados antes mesmo da gestação, a exemplo da realização adequada do pré-natal e do planejamento de um parto seguro para a saúde da mulher e do recém-nascido.
Para dialogar sobre a temática de forma leve e didática, as equipes profissionais distribuíram brindes e prepararam um café da tarde para acolher, sobretudo, as mães presentes. Durante a roda de conversa, foram repassadas informações relacionadas à importância do acompanhamento multidisciplinar necessário ao desenvolvimento adequado dos pequeninos.
Causas da prematuridade
Segundo o médico neonatologista da Hapvida NotreDame Intermédica, Fredson Silva, as causas da prematuridade podem ser divididas em maternas e afetais. “Dentre as causas maternas, nós temos diabetes gestacional descompensada, hipertensão gestacional, chamado DHEG, síndrome da hipertensão específica da gravidez, insuficiências do colo do útero ou alguma patologia aguda que a mãe possa apresentar. No âmbito das causas fetais, nós temos as restrições de crescimento uterino e o sofrimento fetal agudo, por exemplo”, explica.
Em virtude da imaturidade do sistema imunológico, o bebê prematuro fica mais suscetível a infecções. “Além disso, pode apresentar dificuldade para respirar, pois o pulmão ainda é extremamente imaturo. A parte metabólica também fica um pouco comprometida, já que o fígado e os rins ainda não têm a sua maturidade alcançada devido ao tempo gestacional curto que passaram na gravidez”, pontua o especialista.
Assistência
Diante desse cenário, torna-se necessário um suporte adequado, composto por um centro hospitalar equipado com UTI Neonatal, profissionais e material próprio. “É preciso também que esse recém-nascido tenha um bom acompanhamento desde o momento do nascimento, passando pela sua internação hospitalar e principalmente no pós-alta”, ressalta Fredson.
“Após receber alta, o bebê necessita de uma família que possa manter as suas terapias. Ele terá que passar por consultas periódicas com pediatras, fonoaudiólogos, fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais. Outros profissionais também são importantes caso o bebê apresente outras patologias, como oftalmologistas, no caso da retinopatia, ou pneumologistas, no caso de bebês que foram prematuros extremos e que apresentam displasias pulmonares. Dessa forma, bebês com um adequado acompanhamento pediátrico e multidisciplinar de suporte podem alcançar a sua capacidade total de desenvolvimento, sendo capazes de estudar e de se desenvolver fisicamente”, finaliza.