O Carnaval democrático é marca dos dias de folia na Ilha de Mosqueiro, os blocos alternativos chegam a 40 grupos, devidamente autorizados pela Agência Distrital de Mosqueiro, que organiza os dias de folia dos brincantes. Além disso, duas escolas fazem competição com desfile oficial realizado no domingo, dia 11, na Praça Matriz da Ilha. 

As Escolas de Samba Pele Vermelha e Piratas da Ilha disputam o título de Campeã do Carnaval 2024. O desfile, que começou depois das dez da noite, não foi atrapalhado pelo rápido temporal, que caiu na noite deste domingo. 

Promover um carnaval que garanta a participação de todos é "o esforço que a Prefeitura de Belém faz com orgulho", afirma o diretor de Eventos e Turismo da Agência Distrital de Mosqueiro, Kalife Negrão. “O Carnaval em Mosqueiro foi muito bem planejado com as agremiações, junto com o poder público. Foram várias reuniões de planejamento que deram origem a essa festa, que vemos aqui. A grande estrutura foi montada para realizar um carnaval democrático para o desfile das duas escolas e para que os blocos alternativos também pudessem brincar o carnaval com segurança, conforto e ordem”, explicou o diretor.

Organização ampla

A marca do carnaval democrático é a participação constante de todos os agentes na organização, como é o caso da Associação dos Blocos Alternativos de Mosqueiro, que participou ativamente desde o início do planejamento da festa.

“Somos 40 blocos na Associação e antes do carnaval temos várias reuniões, com orientações e direcionamentos aos presidentes. Essa organização é importante para que Mosqueiro tenha um carnaval seguro, com respeito aos foliões e visitantes. Estar em constante contato com a Prefeitura de Belém, por meio da Agência Distrital, é imprescindível para fazer um carnaval seguro, tanto que, em 2023, não tivemos nenhuma ocorrência”, conta o presidente da Associação dos Blocos Alternativos de Mosqueiro, Raimundo Jorge Conceição.

Famílias no carnaval

A festa também é muito esperada pelas famílias, que moram no circuito da folia, montado na Rua Nossa Senhora do Ó. Elas espalham cadeiras, reúnem familiares e se fantasiam para participar do carnaval, desde os mais pequenos aos mais idosos, como o aposentado Varguinhas, de 65 anos, figura já famosa do carnaval da Ilha de Mosqueiro.

“Eu amo o carnaval, eu posso estar de bengala, mas eu vou estar aqui. E, se ninguém me quiser, eu vou sair na ala das baianas, mas, enquanto eu estiver vivo, eu vou estar montado no Carnaval. Quando eu saio na rua produzido assim, eu sou muito requisitado para fotos, para entrevistas. A minha vida no carnaval é assim”, explica o aposentado.