IBGE

De cordo com dados da Pesquisa Nacional de Amostra por Domicílio Contínua (PNAD C), divulgadas nesta sexta-feira, dia 16, o Pará, na comparação entre o 4º semestre de 2022 e o mesmo período de 2023 (out/nov/dez/2023), apresentou queda de sua taxa de informalidade: de 60,8% (4ºtri/2022) para 57,4% (4ºtri/2023). Apesar da queda, a taxa de informalidade para o estado continua acima da taxa para o Brasil que teve variação de 39,1% para 38,82%, no mesmo período. No 4º trimestre de 2023, os estados com maiores taxas de informalidade foram o Maranhão (57,8%), o Pará (57,4%) e o Amazonas (54,6%). Os menores percentuais foram os de Santa Catarina (27,6%), Distrito Federal (30,47%) e São Paulo (31,2%).
Segundo a supervisora estadual da PNAD-C no Pará, Angela Gemaque, um dos fatores que contribuiu para a queda da informalidade foi o aumento no número de trabalhadores com carteira assinada: um total de 888 mil pessoas (4ºtri/2023), o que significa aumento de 11,8% em relação ao mesmo período de 2022 (cerca de 94 mil trabalhadores a mais). Já os trabalhadores sem carteira assinada totalizaram 708 mil pessoas, no 4ºtri/2023: queda de 11,1% em relação ao mesmo período do ano anterior (88 mil pessoas a menos).
Angela Gemaque explica que foi determinante para a queda na taxa de informalidade o aumento na quantidade de pessoas trabalhando com carteira assinada, ou seja, em relação de trabalho formal. “Tanto que o aumento de 11,8% de trabalhadores com carteira assinada acompanhou, quase na mesma proporção, a queda do percentual de trabalhadores sem carteira, que foi de 11,1%. Apesar disso, observamos que a taxa de informalidade no Pará ainda é uma das mais altas do Brasil”, destaca Gemaque.
Taxa de desocupação
Ainda de acordo com a PNAD-C, o Pará apresentou queda na taxa de desocupação: de 8,2% para 7,8% na taxa de desocupação do 4º trimestre de 2023 em relação ao mesmo período de 2022. Houve também queda na taxa de desocupação do Brasil de 7,9% para 7,4% no mesmo período.
Entre as unidades da federação, as maiores taxas de desocupação no 4ºtri/23 foram registradas no Amapá (14,2%), na Bahia (12,7%) e em Pernambuco (11,9%). Das treze unidades da federação que tinham níveis mais altos que a média nacional (7,4%), apenas duas não são do Norte ou do Nordeste: Rio de Janeiro (10%) e Distrito Federal (9,6%). As menores taxas estavam em Santa Catarina (3,2%), Rondônia (3,8%) e Mato Grosso (3,9%).
“Diversos estados do país apresentaram tendência de queda, mas só em dois deles a retração foi considerada estatisticamente significativa. No Rio de Janeiro, houve crescimento acentuado da ocupação, principalmente nas atividades industriais e de outros serviços. No caso do Rio Grande do Norte, o recuo da taxa foi influenciado pela redução do número de pessoas procurando trabalho no período”, explica a coordenadora nacional de PNAD-C, Adriana Beringuy.
RENDIMENTO CRESCE NO PARÁ
No 4º trimestre de 2023, o rendimento médio real de todos os trabalhos no Pará foi de R$ 2.279 reais, um crescimento de 2,3% em relação ao mesmo período de 2022 (R$ 2.157). No país, o rendimento médio habitual foi de R$ 3.032 (4ºT/23), frente ao mesmo período do ano anterior (4ºT/22) (R$ 2.940), houve aumento de 3,1% na média nacional. Nessa comparação, o valor médio cresceu no Norte, no Nordeste e no Sudeste, enquanto o Sul e o Centro-Oeste ficaram estáveis.
Mais sobre a pesquisa
A PNAD Contínua é o principal instrumento para monitoramento da força de trabalho no país. A amostra da pesquisa por trimestre no Brasil corresponde a 211 mil domicílios pesquisados. Cerca de dois mil entrevistadores trabalham na pesquisa, em 26 estados e Distrito Federal, integrados à rede de coleta de mais de 500 agências do IBGE.
Todos os dados estão disponíveis no site do ibge (www.ibge.gov.br).