BASTIDORES POLÍTICOS

Senado quer aumentar a pena para abusadores de crianças

Em meio as denúncias de exploração sexual no Marajó, senador Zequinha Marinho apresenta projeto para proibir que condenados cumpram pena em regime aberto.

Tramita no Senado Federal projeto (PL 425/2024) que aumenta a pena para os crimes de favorecimento da prostituição ou outra forma de exploração sexual de criança, adolescente ou de vulnerável. De autoria do senador Zequinha Marinho (Podemos-PA), a proposição é uma resposta aos crimes que são realizados frequentemente no arquipélago do Marajó, no Pará. 

Nos últimos dias, ganhou espaço nas redes sociais uma campanha com o questionamento: “Você sabe o que está acontecendo no Marajó?”. A indagação é para chamar atenção sobre os crimes de exploração sexual de crianças e adolescentes cometidos no arquipélago e a ineficiência do Estado para combatê-los. A campanha foi criada após apresentação da cantora paraense Aymeê Rocha em um reality show. Ela apresentou a canção “Evangelho dos Fariseus”, em que denunciava a exploração sexual de crianças no Marajó.
A atual legislação prevê pena de 4 a 10 anos para o crime de favorecimento da prostituição ou outra forma de exploração sexual de criança, adolescente ou de vulnerável. Ocorre que se o condenado pegar a pena mínima, poderá cumpri-la em regime aberto. 

O senador Zequinha Marinho ressalta que o crime de exploração sexual de crianças e adolescentes é tratado pela legislação como crime hediondo, porém, para ele, a pena aos condenados precisa ser ajustada. “Se é crime hediondo, não podemos conceber que o condenado cumpra sua pena em meio a sociedade. É um criminoso hediondo e que tem que pagar atrás das grades”, justificou.
O projeto do senador aumenta a pena para 6 a 12 anos. Dessa forma, ele explica que o condenado não terá como cumprir a pena em regime aberto. “Aqueles que mexerem com nossas crianças vão parar na cadeia. Essa medida vai ajudar no combate ao crime e também terá efeito de desestimular o sujeito que pensar se envolver com esse tipo de crime”, ressaltou Zequinha.

Apresentado nessa semana, o projeto aguarda o despacho da Secretaria Legislativa para iniciar sua tramitação pelas Comissões do Senado. A expectativa é que a matéria ganhe força por conta dos últimos acontecimentos e que sua tramitação seja abreviada.


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