COP-30



Foto: Ascom/Seurb
Com um investimento de mais de R$ 64 milhões, o Complexo Ver-o-Peso está recebendo a primeira reforma e requalificação, após 22 anos depois da primeira grande intervenção.
A Ordem de Serviço que iniciou as obras no espaço foi assinada no dia 29 de fevereiro, pelo Prefeito de Belém, Edmilson Rodrigues. A obra de reforma do Ver-o-Peso é uma das prioritárias na preparação da cidade para a realização da COP-30, que ocorrerá em novembro de 2025.
A execução da obra foi iniciada em duas frentes, do lado da Ladeira do Castelo, 80% da obra está pronta, faltando apenas o paisagismo. Já na Feira do Açaí foi iniciada a execução da regularização da via em calçamento com paralelepípedos e em pedra lioz.
Na parte da feira do Ver-o-Peso, já foi iniciada a remoção dos intertravados e demolição dos antigos boxs, para o início dos serviços de infraestrutura na parte instalações elétricas, SPD e hidrossanitária.
A previsão de conclusão da obra, que contemplará cinco etapas, é de dezoito meses a contar da assinatura da Ordem de Serviço e está sendo fiscalizada pela equipe do Departamento de Obras da Secretaria Municipal de Urbanismo (Seurb).
Feira Provisória – Para que as obras do Complexo Ver-o-Peso avancem está sendo intensificado o trabalho na feira provisória, que já está 70% pronta. Para a conclusão está faltando entregar 153 boxs, que estão previstos para serem entregues até o dia 19 de junho.
Já foram remanejados de forma parcial para a Feira Provisória os setores de artesanato, maniva e raízes.
Recursos - A reforma geral do Complexo Ver-o-Peso, orçada em R$ 64 milhões, inclui a reforma completa desde a Feira do Açaí, até a feira tradicional e os Mercados de Peixe e de Carne. Com uso de recursos municipais e federais. A liberação dos recursos para a revitalização do complexo ocorreu por iniciativa da gestão municipal junto ao Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).
Fiscais - Membros da Comissão de Fiscalização (Cofis) acompanham todas as etapas de fiscalização da obra no complexo. São 66 membros, dois de cada um dos 33 setores do Complexo Ver-o-Peso.
A obra de reforma e requalificação do Complexo Ver-o-Peso, vai desde a Feira do Açaí até o setor de industrializados. Serão cinco etapas e a Prefeitura de Belém já prepara três locais para o remanejamento dos comerciantes que atuam nos espaços.
Resumo da Obra de reforma do Complexo Ver-o-Peso
Investimento: R$ 64 milhões.
Empregos gerados: 298 (165 diretos/133 indiretos).
Áreas contempladas: Feira Principal, Estacionamento, Mercado de Peixe, Mercado de Carne, Ladeira do Castelo, Feira do Açaí.
População beneficiada: Os 1,4 mil permissionários, e cerca de 50 mil visitantes diários (entre turistas e clientela em geral, das feiras, mercados, lojas e setores de alimentação).
O prefeito Edmilson Rodrigues garantiu a reforma completa, após 22 anos da última intervenção em favor dos mais de mil trabalhadores, da população e do principal cartão postal da cidade (a reforma anterior também foi na gestão de Edmilson Rodrigues).
O que será feito em cada espaço do Ver-o-Peso:
Ladeira do Castelo:
Primeira fase da obra. Já iniciada! Acompanhe o que está sendo feito no espaço:
? Catalogação e registro dos revestimentos pétreos (pedras em paralelepípedo e pedras de lioz);
? Remoção das pedras em paralelepípedos (remoção mecânica e cuidadosa de preenchimento cimentício);
? Remoção do colchão de areia e balastro superficial;
? Limpeza e verificação das travessas de madeira dos trilhos;
? Realização de prótese e, em alguns casos, substituição das peças de madeira, que estejam comprometidas;
? Limpeza e imunização das travessas de madeira;
? Impermeabilização das travessas de madeira;
? Substituição e restauração dos parafusos de fixação dos trilhos;
? Instalação das travessas e recuperação dos balastros e prismas laterais;
? Verificação dos trilhos e tratamento;
? Instalação elétrica de abastecimento aos postes.
Feira do Ver-o-Peso e Feira do Açaí:
Segunda e terceira fases da obra. Acompanhe o que será feito nestes espaços:
- Consultoria de arqueologia e restauro, para acompanhar todos os serviços de execução do Complexo Ver-o-Peso;
- Desmobilização da feira, incluindo as barracas, peças metálicas, lonas e piso;
- Drenagem de toda rede pluviométrica;
- Instalações elétrica e hidrossanitaria;
- Pavimentação em piso intertravado, piso de alta resistência e piso podotátil.
- Cobertura em lona tensionada tipo I,II e III;
- Estrutura de tensionamento central;
- Estruturas metálicas para guarda corpo e corrimão;
- Revestimentos cerâmicos nos boxes;
- Esquadrias de ferro como: portas e janelas;
- Pintura em estrutura de madeira, ferro e paredes em alvenaria;
- Iluminação toda em LED;
- Sistema de SPDA- sistema de proteção contra descarga atmosféricas;
- Sistema de proteção e combate a incêndio;
- Forro em lambril;
- Impermeabilização;
- Tabuleiros de plantas;
- Paisagismo;
Mercado de Carne e de Ferro:
Quarta e quinta fases da obra. Acompanhe o que será feito nestes espaços:
- Pintura em estrutura de madeira, ferro e paredes em alvenaria;
- Restauro e revitalização dos pisos;
- Restauro e revitalização das paredes;
- Restauro e revitalização de portas, portões e janelas;
- Restauro e revitalização dos telhados;
- Reforma dos boxes com a manutenção das características originais.
Reurbanização da Avenida Júlio César:
A Prefeitura de Belém assina a Ordem de Serviço (OS) no valor de R$ 136,5 milhões para o início das obras reurbanização e implantação do BRS ((Bus Rapid Service - Serviço de Ônibus Rápido) da avenida Júlio César.
A OS foi assinada pelo prefeito de Belém, Edmilson Rodrigues, nesta terça-feira, 11, na praça Dom Mário Miranda Vilas Boas, em Val-de-Cans. A praça também recebe obras de reforma e revitalização e será entregue ainda neste mês de junho pela Prefeitura de Belém.
O BRS da Júlio César é mais uma obra da gestão municipal prioritária à preparação da cidade para a Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2025, também chamada de COP-30, que ocorrerá em novembro e deixará um grande legado para a capital paraense.
O projeto será executado pelo Consórcio TP BRT Centenário e conta com duas fases. A primeira delas conta com prazo de execução em 18 meses. A obra ocorrerá na avenida Júlio César, entre a praça São Cristóvão e o Aeroporto Internacional de Belém, em Val-de-Cans.
Em geral, a obra envolve os serviços de terraplenagem, pavimentação, drenagem, sinalização, paisagismo, obras de artes especiais, estações de passageiros e obras de reurbanização destinados à implantação do sistema BRS, na avenida Júlio César.
O BRS é um sistema mais leve de transporte coletivo e não precisa das vias exclusivas concretadas como o BRT, por isso, a sua instalação e uso afeta muito menos o trânsito e respeita o meio ambiente, já que esse tipo de transporte não vai obrigar a retirada das árvores dos canteiros da avenida, só nos pontos onde serão instaladas as estações.
Pré-COP - Esta primeira etapa de implantação é a pré-COP-30. Com prazo de execução em 18 meses, nela terá a execução de ponte (elevado) entre avenida Paulo Frota e o Aeroporto Internacional de Belém, alargamento das alças do elevado Daniel Berg, reforço da cabeceira da ponte sobre o canal São Joaquim e inserção de faixa de via preferencial e recapeamento e sinalização horizontal da via.
A Prefeitura de Belém reforça que todas as decisões foram discutidas e analisadas em reuniões entre a Secretaria Municipal de Urbanismo (Seurb), a Caixa Econômica Federal, o Ministério das Cidades, Consórcio Gerenciador TPF-Encibra e representantes do Consórcio construtor TP-BRT Centenário.
As Licenças Ambientais Prévias (LP) de Instalação (LI) já foram emitidas pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semma).
Resumo da obra de revitalização da AV. Júlio César
Investimento: R$ 136,6 milhões.
Empregos gerados: 1.996 (751 diretos/1.245 indiretos).
Andamento: licitação concluída e projeto em fase de ajustes para início até o final de maio.
Áreas contempladas: todos os 4,85 quilômetros de extensão da Avenida Júlio César, da Avenida Almirante Barroso até o Aeroporto Internacional de Belém, serão contemplados com terraplenagem, pavimentação, drenagem, sinalização, paisagismo, obras de artes especiais, estações de passageiros e obras de reurbanização.
População beneficiada: mais de 7 mil pessoas de forma direta, mais milhares de motoristas e usuários que acessam a via diariamente.
* As obras vão para além da COP-30, com mais intervenções de engenharia para modernizar e agilizar o trânsito de Belém, com a integração de vias e linhas de ônibus.