Cento e dez taxistas iniciaram, na noite desta segunda-feira, 12, as aulas dos idiomas Espanhol e Inglês oferecidas pela Prefeitura de Belém, por meio da Secretaria Municipal de Administração (Semad). O curso de línguas é coordenado pela Universidade Livre da Amazônia (Ulam) e ministrado pelo Instituto Federal do Pará (IFPA) - Campus Belém.

As aulas são gratuitas e ocorrem no auditório da Semad, às segundas e terças-feiras, às 19h. Serão 15 encontros e um total de 30 horas. A certificação será para quem comparecer a, pelo menos, 75% das aulas.

O objetivo da iniciativa é qualificar trabalhadores da cidade para melhor desempenho junto ao público estrangeiro, em especial, durante a COP-30, que ocorrerá na cidade em novembro de 2025. A política de formação está aliada aos investimentos em infra-estrutura física na capital paraense.

Parceria - "O IFPA tem sido um grande parceiro neste processo de formação e que já atende feirantes e empreendedores do Mercado de São Brás. A Universidade da Amazônia (Unama) também é parceira e ministra cursos para feirantes do Ver-o-Peso. Desejo que vocês aproveitem ao máximo esta oportunidade", saudou a secretária Jurandir Novaes.

Titular da Superintendência Execuiva de Mobilidade Urbana (Semob), Valéria Borges, também celebrou a primeira turma de taxistas. "Vocês serão cada vez mais procurados por usuários que nem sempre dominam o nosso idioma. Espero que todos tenham um excelente curso", estimulou.

Daniel Palheta, chefe do Departamento de Extensão do IFPA-Belém, afiança ter "certeza de que vocês vão querer um nível avançado do idioma ao final deste curso. Vocês estão construindo exemplo para filhos, netos". O professor lembrou que este momento é para que os trabalhadores desenvolvam habilidades básicas em uma comunicação com os usuários.

Motivação – Membro da Associação de Taxistas do Aeroporto de Belém, Humberto Brás Costa Jr. tem 48 anos, mora no bairro da Pratinha e é aluno do curso de idiomas. “Acredito que a oportunidade da COP-30 de adquirir conhecimentos é para que eu possa exercer meu trabalho com mais qualidade", afirma.

Ele diz também, que já passou por situações em que transportou estrangeiros e teve que usar ferramentas de tradução para atender a demanda. "Se eu já falasse a língua, iria facilitar”, acredita o taxista.   

As mulheres são minoria na turma, mas, não menos determinadas. Brena de Paula atua no bairro de Batista Campos e está feliz em poder aperfeiçoar suas habilidades na prestação do serviço aos usuários. Estudantes do IFPA e já atuantes como professores em cursos de qualificação organizados pela Ulam, Bruno Silva e Marcos Barros deram início às aulas, logo após a acolhida aos participantes.

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