FLORESTAS DA AMAZÔNIA
Esta semana, durante a programação na Casa Amazônia, em Nova Iorque, o governador Helder Barbalho anunciou a venda de R$1 bilhão de créditos de carbono. Os valores beneficiarão milhares de pessoas dos povos tradicionais. O Pará é o primeiro estado no mundo a conquistar este feito.
Cada crédito representa uma tonelada métrica de reduções de emissões de carbono resultantes de cortes no desmatamento, e será comprado ao preço de 15 dólares por tonelada e reforça o compromisso do estado em fortalecer a floresta viva em pé.
Para a titular da Secretaria de Estado de Povos Indígenas, Puyr Tembé, a inclusão e a escuta dos povos indígenas dentro desse processo é um marco histórico para o governo do Pará.
Esta semana, durante a programação na Casa Amazônia, em Nova Iorque, o governador Helder Barbalho anunciou a venda de R$1 bilhão de créditos de carbono. Os valores beneficiarão milhares de pessoas dos povos tradicionais. O Pará é o primeiro estado no mundo a conquistar este feito.
Cada crédito representa uma tonelada métrica de reduções de emissões de carbono resultantes de cortes no desmatamento, e será comprado ao preço de 15 dólares por tonelada e reforça o compromisso do estado em fortalecer a floresta viva em pé.
Para a titular da Secretaria de Estado de Povos Indígenas, Puyr Tembé, a inclusão e a escuta dos povos indígenas dentro desse processo é um marco histórico para o governo do Pará.
“É de extrema importância levar esse benefício para dentro dos territórios e ouvindo os povos indígenas, construindo políticas públicas e beneficiando os indígenas. A gente quer o desenvolvimento do nosso estado, desde que também os povos indígenas sejam ouvidos, que os povos indígenas também tragam suas contribuições, sejam as tradicionais ou técnicas, mas que os indígenas possam ajudar nesta contribuição dos avanços para a preservação e manter as nossas florestas vivas e em pé”, enfatizou.
A negociação foi anunciada durante a edição de 2024 da Semana do Clima em Nova York (Climate Week New York), nos Estados Unidos, que reúne líderes internacionais, com empresários, governos, cientistas e sociedade civil, para debater medidas de redução da crise climática mundial. O tema deste ano é: “It’s Time” - em tradução livre: “É a hora”.
Proteção - E nessa corrida contra o tempo em busca de medidas pela emergência climática, durante a programação, a Sepi reforçou as oportunidades que a COP30 vai trazer para criação de mais políticas públicas e a importância da discussão climática com a presença dos que mais protegem as florestas.
"A COP vai trazer várias pautas indígenas e uma das principais será a demarcação dos nossos territórios. Se você tem um território garantido, você consegue políticas públicas”, afirmou a titular da Sepi.
A cada ano, na Climate Week NY, são discutidas ações que amenizem as tensões climáticas no planeta, investimentos em energia limpa, apresentação de soluções de redução de emissão de gases poluentes, além de encontrar medidas que impeçam o aquecimento global e não se pode falar de meio ambiente sem falar dos povos indígenas.
“A gente quer o lugar de fala sobre a bioeconomia, a gente quer falar do reflorestamento, para reduzir os impactos ambientais que já foram causados pelo desmatamento", pontuou.
Responsabilidade ambiental - Os recursos de créditos de carbono serão usados a partir de 2025, e beneficiarão os povos indígenas, quilombolas, comunidades extrativistas e agricultores familiares que estão na linha de frente na luta contra o desmatamento, com o modo de vida tradicional dentro de seus territórios.
“A floresta está gritando todos os dias para que a gente possa olhar os povos indígenas, que são os principais protetores das nossas florestas. É por eles e para eles que a gente busca medidas. Não podemos deixar essa responsabilidade nas mãos de poucos e é por isso que estamos aqui para trazer uma esperança de que podemos salvar o nosso planeta", concluiu.
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