EDUCAÇÃO E DIREITOS

Letramento racial será tema do I Seminário Municipal de Educação Antirracista

A Coordenadoria de Educação para as Relações Étnico-raciais (Coderer) da Secretaria Municipal de Educação (Semec) realiza nos dias  31 de outubro e 1º de novembro, de 8h às 18h, o I Seminário Municipal de Educação Antirracista, com o tema “Letramento Racial: possibilidades e caminhos”, no auditório da Faculdade Estácio, no bairro de Nazaré. 

Técnicos de referência e professores da Coderer e do Sistema de Bibliotecas Escolares (Sismube) participam das atividades formativas. O evento vai contar com a palestra do professor Luciano Ramos, do Instituto Mapear, na conferência de abertura  “Letramento racial: possibilidades e caminhos”.

Ações - O encontro é mais uma ação formativa da Semec para servidores e servidoras da Rede Municipal de Educação (RME), para fortalecer as ações pedagógicas de combate ao racismo e de eventuais práticas discriminatórias e preconceituosas no âmbito da educação municipal de Belém.

Durante os dois de dias serão realizadas mesas-redondas e palestras com especialistas em Educação para relações étnicos-raciais (Erer), além de seis oficinas, que abrangem vivências de capoeira, contação de história e afrobrasilidades, danças circulares africanas e afrobrasileiras, colagem fotográfica e livro de pano sobre o enfrentamento do racismo religioso. 

Investimentos na formação antirracista nas unidades educativas 

Em consonância com as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana (Resolução 01/2004-CNE), a Coordenadoria de Educação para as Relações Étnico-raciais (Coderer), criada em 2021, embasa suas ações na implementação da Educação Antirracista na Rede Municipal de Educação (RME).

Dentre os diversos documentos produzidos, a partir da observação de dados, a Coderer detectou no “Relatório de Diagnose Educação Antirracista: O Panorama das Práticas Pedagógicas na Rede Municipal de Ensino de Belém”, de 2022, que mais de 70% da rede de docentes é negra. Contudo, esses mesmos dados apontaram que muito poucos educadores possuem formação na área, revelando a necessidade de investimentos expressivos na formação permanente e continuada, em parceria com instituições de ensino superior e movimentos negros.

Práticas - Outro dado relevante registrado nos assessoramentos das escolas do Projeto Escolas Antirracistas (PEA), que acompanha o processo de implementação da Lei Nº 10.639/03 na RME para potencializar as práticas de educação antirracista nas unidades educativas ao longo de todo o ano letivo, situa-se no fato de que segundo os profissionais de educação, a maior dificuldade para a execução do PEA é a falta de formação na temática. 

Neste sentido, é imprescindível a garantia de formação continuada nos processos pedagógicos no ambiente educativo conforme a Resolução Nº 022/2024, do Conselho Municipal de Educação (CME), que estabelece diretrizes de implementação para educação das relações étnico-raciais a partir da perspectiva da educação antirracista para que instituições de educação básica implementem a temática nos Projetos Políticos Pedagógicos, tendo em vista a formação dos membros da comunidade escolar.

Selo Zélia Amador de Deus

Nesta quinta-feira, 31, o Conselho Municipal de Educação (CME) irá divulgar o resultado do projeto "Selo Zélia Amador de Deus", instituído pelo próprio CME, que valoriza as unidades que apresentam práticas de educação antirracista de maneira consolidada no currículo. Trinta e três unidades da rede municipal concorrem ao selo.


Tags

Serviços