Organizado pela Associação Brasileira de Saúde Mental (Abrasme) com apoio da Prefeitura de Belém, o 9º Congresso Brasileiro de Saúde Mental encerrou na noite deste domingo, 17, com uma mesa de discussões formada no Auditório David Mufarrej, do Campus Unama Alcindo Cacela. A programação iniciou na última sexta-feira e contou com mais de 20 eventos paralelos.

Em torno do tema "Potências do Bem Viver: ancestralidade, diversidade e sustentabilidade", o congresso atraiu mais de 1500 médicos, psicólogos, terapeutas ocupacionais, enfermeiros e antropólogos que abordaram a luta antimanicomial e o impacto do capitalismo na saúde mental da população.

“A gente não cuida se a gente não pensa na reinserção dessa pessoa na sociedade. Então, pela primeira vez, fizemos em paralelo o Primeiro Simpósio Nacional de Saúde Mental e Economia Solidária. Pensar no cuidado com a saúde mental é olhar para todos aspectos da vida humana”, apontou a presidente da Associação Brasileira de Saúde Mental, Ana Paula Freitas Guljor.

O congresso teve a apresentação de mais de 800 trabalhos científicos, além da exibição vídeos e filmes relacionados à temática da saúde mental. Também serviu de motivação para estudantes de diversos cursos se envolverem nos processo das lutas sociais.

Para a estudante de terapia ocupacional, Sara Alves, 19 anos, o congresso conseguiu incentivar os alunos. “Participar de um congresso que valoriza a tua cultura, que te apresenta mecanismo de luta, que te mostra que várias pessoas como você estão buscando a melhoria do sistema de atendimento, preocupadas com as mudanças que melhorem a vida das pessoas, deixa a gente ainda mais motivado a também fazer parte disso”, relatou a estudante.
 

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