CRISE CLIMÁTICA






Foto: Amarilis Marisa/ Agência Belém
Integrantes de nove entidades e secretarias participantes do Gabinete de Crise do Município para o Combate aos incêndios em Belém se reuniram na manhã desta terça-feira, 19, no Palácio Antônio Lemos, para avaliar as medidas implementadas desde o início dos trabalhos em 26 de outubro.
Coordenado pela Comissão Municipal de Defesa Civil (Comdec), o Gabinete de Crise do Município uniu os dois gabinetes instalados anteriormente nos distritos de Mosqueiro e Outeiro para lidar com as situações relacionadas a incêndio em todo município. Além das ocorrências graves registradas nos distritos, foram constatados também nos bairros da Marambaia e Condor.
Controle - Como resultado, o Gabinete que articulou as ações municipais e estaduais no enfrentamento aos incêndios e em quatro dias conseguiu diminuir o incêndio florestal no Distrito de Mosqueiro e prover assistência às comunidades 19 de Abril e Nova Esperança, que foram diretamente atingidas e receberam água potável e cesta básica para auxílio nas necessidades imediatas.
“Foi só a partir da criação do comitê, que foi possível encaminhar subsídios para auxiliar o Corpo de Bombeiros, que estava com dificuldade, tanto de acesso, quanto de reabastecimento do carro de bombeiros para combater os incêndios", explica o coordenador da Comdec, Claudionor Corrêa.
Ações integradas
Ele ressalta, que a Secretaria Municipal de Saneamento foi acionada para dar suporte com carros pipas para reabastecer os carros dos Bombeiros, pá mecânica, entre outros materiais, como enxadas, facões para abrir as trincheiras para chegar mais próximo possível do foco de onde começou o incêndio.
Assim como a Sesan, várias outras secretarias integrantes do Comitê tiveram ações precisas como a Secretaria Municipal de Meio Ambiente, que fez fiscalização e emitiu relatórios sobre as condições das áreas afetas; a Secretaria Municipal de Saúde, que atua nos atendimentos, especialmente, de crianças e idosos que manifestaram problemas respiratórios decorrentes da inalação de fumaça; a Fundação Papa João XXIII, no levantamento das famílias atingidas, na realização de cadastros para encaminhamento às ações de assistências sociais para os atingidos direta e indiretamente; a Guarda Municipal na garantia da segurança dos funcionários e das pessoas que estavam no enfrentamento ao fogo; além do gabinete municipal, na deliberação de material para subsidiar as ações das secretarias.
Investigação
O Gabinete de Crise acompanha as ações das polícias Civil e Militar, que já investigaram e fizeram diligências prendendo alguns responsáveis pelo foco do fogo.
“Algumas pessoas eram trabalhadores rurais, que por falta de conhecimento do manuseio da terra para suas plantações acabaram ateando o fogo, que fugiu do controle e tem outros, que segundo informações do próprio órgão do estado, são incêndios criminosos mesmo”, explica Claudionor.
Proibição
Por causa da crise climática instalada, o Governo do Estado baixou decreto que proíbe qualquer tipo de queimada, tanto para manuseio da terra, quanto para outros fins.
“Estamos num período de mudança climática, em que o clima está muito quente e qualquer fogo que você coloca o vento leva uma fagulha para outra área e começa outro foco de incêndio novo. Então, a gente sempre pede que ligue para o 190, que aciona a Polícia Militar, que vai identificar o causador do foco da queimada e essa pessoa será encaminhada a uma delegacia. Caso a pessoa perceba um foco de incêndio que também acione o 190 para que seja acionado o Corpo de Bombeiros”, alerta Claudionor.