EDUCAÇÃO INCLUSIVA
“Para nós, a inclusão deve ser para todos, mas sobretudo para os filhos da classe trabalhadora, especialmente os que não podem pagar e que precisam ter os seus filhos na escola pública de qualidade. Por isso nós asseguramos equipes multiprofissionais, o que exigiu a contratação de pessoal para a retaguarda desse atendimento”. A declaração da secretária municipal de Educação, Araceli Lemos, abriu o II Seminário de Experiências Inclusivas na Amazônia, no auditório Benedito Nunes, da Universidade Federal do Pará (UFPA), nesta sexta-feira, 22.
A titular da Semec destacou que este foi um dos eixos estabelecidos no planejamento estratégico para a gestão do prefeito Edmilson Rodrigues. Isso implicou em ampliar as condições de trabalho no prédio do Centro de Referência em Inclusão Educacional Gabriel Lima Mendes (CRIE); a implantação do primeiro polo bilingue para surdos no estado do Pará; e também uma unidade do CRIE no bairro do Tapanã e outra na ilha de Mosqueiro.
“Estamos deixando a nossa marca e o nosso legado de trabalho nesses quatro anos de gestão, com a consciência muito tranquila e com a certeza de que os avanços não irão retroceder”, pontuou Araceli Lemos. A diretora de Educação, Jaqueline Rodrigues, acentuou que cada conquista foi obtida com luta e o empenho do prefeito Edmilson Rodrigues, um educador que deu todo apoio à gestão da Semec.
Compromisso - A coordenadora do CRIE, Tatiana Sá, ressaltou o compromisso de toda a sua equipe com as pessoas com deficiência, que historicamente foram e continuam, em alguns casos, sendo excluídas das políticas públicas. “O nosso olhar foi sempre voltado para essas pessoas que, muitas vezes, não são escutadas por muitos. E eu tenho orgulho de fazer parte desse coletivo que acredita no potencial de todas as pessoas”, realçou Tatiana.
“Para nós, professores, já é gratificante ver os avanços das crianças na sala regular, mas na sala de recurso é diferente, porque ali a gente sabe das suas dificuldades, então cada pequena evolução é uma felicidade para nós que trabalhamos com a inclusão”, assinalou a professora da escola Alana Souza Barboza, visivelmente emocionada.
A abertura dos trabalhos contou também com a fala do professor Lourival Ferreira do Nascimento e a palestra do professor José de Anchieta de Oliveira Bentes, da Universidade do Estado do Pará, que defendeu um modelo biocultural de inclusão das pessoas com deficiência.
A programação do II Seminário de Experiências Inclusivas na Amazônia, que começou às 9 e foi encerrado às 18 horas, constou de palestras, mesas-redondas, apresentações culturais e exposições.