A Prefeitura de Belém, por meio da Secretaria Municipal de Educação (Semec), inaugurou, nesta segunda-feira, 30, a primeira escola municipal quilombola da cidade, a Escola Municipal Arlinda Gomes, localizada no território quilombola do Sucurijuquara, no Distrito de Mosqueiro.

Entre os presentes estava Creuza Chaves, conhecida, carinhosamente, como dona Querida, matriarca do único território quilombola de Belém, o Sucurijuquara, e grande homenageada do dia.

Reforma total

A unidade antes se chamava Escola Municipal do Campo (EMEC) Angelus Nascimento. Entre os serviços executados na reforma estão a construção de passarelas cobertas e de novos banheiros e reforma dos já existentes; novas instalações hidrossanitárias e fossa séptica; revitalização da quadra de esportes, da torre de caixa d’água, além de aumentar a capacidade, com nova caixa d’água, para 3 mil litros; implantação da sala de apoio pedagógico e adequação da Sala de Atendimento Especializado (AEE); reforma da cozinha e instalação de exaustores; execução de infraestrutura para climatizadores e pintura geral. A obra é resultado de um investimento de R$ 2,7 milhões da Prefeitura de Belém. 

“Essa reforma foi muito boa para trazer mais segurança e conforto para nossas crianças. Meus filhos estão se desenvolvendo muito bem aqui, o ensino é maravilhoso”, destacou a dona de casa e moradora da comunidade do Sucurijuquara, Edilene Tavares, que tem dois filhos atípicos matriculados na escola.

Reconhecimento

Para a diretora da escola, Ivete Vale, que é quilombola nascida e criada na comunidade, “a criação de uma escola quilombola no Sucurijuquara é um reconhecimento muito grande que a Prefeitura faz pela cultura e resistência do povo negro, que vive no Sucurijuquara”. Ivete diz ainda que, agora, além da educação de qualidade, os moradores do território quilombola terão um espaço digno para o aprendizado das crianças.

Capacidade

A Escola Municipal e Quilombola Arlinda Gomes atende atualmente 260 estudantes, na faixa etária de 4 a 17 anos, em turmas do Jardim I ao 9º ano.

“Construir uma escola quilombola é dedicar também o trabalhos ao combate profundo ao racismo, levando em consideração um processo especial de ensino, que trabalhará as questões relacionadas à comunidade afrobrasileira, à ancestralidade e a toda herança que temos dos povos africanos”, explicou o prefeito de Belém, Edmilson Rodrigues, ao inaugurar a primeira escola quilombola do município, nesta segunda-feira, junto com a comunidade escolar.