SAÚDE


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A saúde da mulher é um tema fundamental em todas as fases da vida. Os desafios e conquistas femininas moldam uma jornada única, influenciada por aspectos físicos, emocionais e sociais que precisam ser debatidos. Uma pesquisa feita pela Todas Group e o Instituto Nexus de Inteligência de Dados, destacam que em 7 em cada 10 mulheres (71%) abriram mão da saúde física ou de hobbies em prol do trabalho e metade (52%) negligenciou a saúde mental pelo mesmo motivo.
Muitas vezes, a mulher moderna encontra-se sobrecarregada com responsabilidades múltiplas, equilibrando as exigências do mercado de trabalho com as tarefas domésticas e o cuidado com a família. Esse acúmulo de funções reflete um modelo social no qual a mulher ainda é vista como a principal responsável pelo bem-estar do lar, mesmo quando ocupa cargos de liderança ou desempenha funções de alta demanda profissional.
Para a psiquiatra Daniele Boulhosa, a sobrecarga enfrentada pelas mulheres, que acumulam responsabilidades profissionais e pessoais, impacta diretamente sua saúde mental. "Muitas vezes, elas priorizam outras demandas e deixam o autocuidado em segundo plano, o que pode levar ao esgotamento físico e emocional. É fundamental que as mulheres reconheçam a importância de cuidar de si mesmas, estabelecendo limites e buscando apoio sempre que necessário", destaca.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), as mulheres têm mais chances do que os homens de desenvolverem transtornos mentais, como ansiedade e depressão. Além disso, elas também estão mais propensas a sofrerem de transtornos relacionados ao estresse, como transtorno do pânico. "O impacto da sobrecarga mental na vida das mulheres é profundo e, muitas vezes, silencioso. A dificuldade em estabelecer limites e a pressão constante para dar conta de tudo fazem com que sinais de esgotamento sejam ignorados. Reconhecer esses sinais e buscar apoio não é um sinal de fraqueza, mas sim um passo essencial para preservar a saúde e o equilíbrio emociona", finaliza.