
Com o aumento das doenças alérgicas no mundo todo, a Imunoterapia, também conhecida como vacina para alergia, vem se destacando nos últimos tempos, como um meio alternativo de controlar essas condições.
Apesar de ser um tratamento que já existe há muitos anos, só recentemente, começou a ser utilizada para oferecer outra opção àqueles que buscam alívio duradouro dos sintomas alérgicos. Ao invés de tratar apenas os sintomas, a Imunoterapia aborda a causa do problema.
De acordo com a imunologista e alergista, Vanessa Pereira, a Imunoterapia tem demonstrado ser útil para diminuir a sensibilidade a alérgenos específicos.
“A vacina para alergia, que já é utilizada há mais de cem anos, é o único tratamento capaz de mudar o sistema imunológico do indivíduo , devido a sua capacidade de melhorar a qualidade de vida dos pacientes e vem tendo a sua aplicação aumentada, cada vez mais, nos centros especializados”.
O objetivo da imunoterapia para a alergia é dessensibilizar o sistema imunológico das substâncias que causam reações alérgicas. A imunologista lembra que aproximadamente 30% da população brasileira têm algum tipo de alergia, conforme a Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (Asbai). Desse número, 20% são crianças.
“O tratamento consiste em expor o paciente, de forma gradual e controlada, aos alérgenos específicos que provocam a alergia. Existem dois tipos principais de imunoterapia: subcutânea, que é administrada por meio de injeções, e sublingual, administrada em forma de gotas ou comprimidos”.
A imunoterapia é indicada para pacientes com alergias, que não respondem adequadamente aos medicamentos convencionais. O tratamento reduz significativamente os sintomas de muitos pacientes, como congestão nasal, coceira e espirros.
“Em muitos casos, a diminuição dos sintomas pode continuar, mesmo após o término do tratamento. O procedimento é uma excelente opção para quem sofre de alergias persistentes porque reduz significativamente os sintomas a longo prazo, reduz a necessidade de medicamentos e melhora a qualidade de vida em geral”, conclui a Dra. Vanessa Pereira.