PATRIMÔNIO




Foto: Rafael Miyake - Semcult
Patrimônios da humanidade reconhecidos pela Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco) são riquezas culturais consideradas de valor inestimável para a humanidade e que devem ser protegidos e preservados para as gerações futuras. Com base nisso, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) coordena uma campanha para incluir o Theatro da Paz e o Teatro Amazonas na lista desses patrimônios no Brasil.
A Prefeitura de Belém também entrou na campanha para o reconhecimento do Theatro da Paz pela Unesco e integra o Grupo de Trabalho formado por representantes do Iphan, dos governos do Pará e do Amazonas e pela prefeitura Manaus que atua para garantir a inclusão dos teatros da Amazônia.
Os dois teatros disputam em uma candidatura única, por suas similaridades históricas. Atualmente, o Brasil tem 23 patrimônios da humanidade.

Nesta quinta-feira (3), o Grupo de Trabalho teve dois encontros em Belém. O primeiro, no Theatro da Paz, verificou a situação do prédio histórico e entorno. À tarde, ocorreu uma reunião no Palacete Faciola, para apresentação do dossiê que, no dia 31 de janeiro, foi entregue à Unesco, em Paris, para oficialização da candidatura. Cópias do dossiê foram entregues à secretária municipal de Cultura e Turismo de Belém (Semcult), Cilene Sabino; à Secretária de Estado de Cultura, Úrsula Vidal; e ao diretor do Theatro da Paz, Edyr Augusto Proença.

"Aqui, nós estamos falando de dois estados do Norte. Temos Pará e Amazonas despontando com dois equipamentos belíssimos, que mostram a arte, a arquitetura, e que entregam para a população algo belíssimo que está à disposição do povo. A gente precisa mostrar, disponibilizar e colocar o quanto esses equipamentos estão à serviço da sociedade e da coletividade. Vamos fazer um trabalho maravilhoso para mostrar ao mundo", comentou a secretária Cilene Sabino, durante o encontro.
A superintendente do Iphan no Pará, Cristina Vasconcelos, ressaltou a importância do trabalho conjunto entre Pará e Amazonas. "Vamos falar em uma grande orquestra, onde precisamos estar bem afinados, onde a nossa métrica precisa caminhar de acordo com a métrica que a Unesco nos fornece, para que possamos apresentar ao mundo o melhor espetáculo, que nós e os nossos irmãos do Amazonas vamos fazer juntos", disse.

O grupo de trabalho tem desenvolvido estratégias, como ações conjuntas de comunicação e oficinas, para a melhor recepção de uma consultoria do Conselho Internacional de Monumentos e Sítios (Icomos), que deve visitar as duas capitais e avaliar ambos os teatros e seus arredores.
A candidatura dos teatros está em discussão desde 2014, e os trabalhos iniciaram em 2023.