PREPARO



Foto: Letícia Chagas
Durante uma semana de atividades e testes, a Guarda Municipal de Belém (GMB) realizou a avaliação psicotécnica exigida pela Polícia Federal para a renovação do porte de arma de fogo institucional. O processo, que envolveu 216 agentes municipais, do dia 28 de março até esta sexta-feira (04), no Comando da GMB, no bairro do Marco. A aplicação dos testes foi conduzida pelo Núcleo Setorial de Saúde do Trabalhador (NSST).
Exigência legal
Divididos em 12 turmas de 18 Guardas, os agentes passaram por uma bateria de testes psicológicos, que avaliam habilidades cognitivas consideradas importantes para o desempenho da função, como atenção, memória, além de traços de personalidade e emotividade. As avaliações são uma exigência legal, conforme o termo de cooperação técnica assinado entre a Prefeitura de Belém e a Polícia Federal, que determina que os guardas municipais devem passar pelo processo a cada dez anos para manter a autorização de porte de arma.

A condução do processo ficou sob a responsabilidade da psicóloga Priscilla Camelo, profissional credenciada pela Polícia Federal desde 2010. Segundo ela, a avaliação incluiu testes que exigiam concentração e exatidão, como os de personalidade, projeção e destreza manual. Além disso, foram analisados aspectos como agressividade, emotividade e possíveis transtornos mentais, assegurando que os agentes estivessem aptos para o manuseio de armamento.
“O exame psicotécnico é importante para avaliar se o guarda possui a preparação psicológica necessária para o porte de arma de fogo. É essencial que o servidor esteja em um estado emocional equilibrado e com condições cognitivas adequadas, promovendo a segurança, não apenas dos agentes, mas também da sociedade. Isso nos permite oferecer um serviço de qualidade e confiabilidade à população”, afirma a psicóloga.
A inspetora-geral Elen Melo, por sua vez, destaca que, além do teste psicotécnico, é igualmente fundamental cuidar da saúde mental dos servidores e investir na preparação e humanização dos agentes. “Precisamos de um efetivo de guardas bem preparados e humanizados, capazes de lidar com diferentes ocorrências. Nossa profissão exige interação constante com as pessoas. O Núcleo Setorial de Saúde do Trabalhador (NSST) também cuida da saúde mental dos nossos agentes. O porte de arma é um instrumento relevante para a segurança pública, mas é fundamental que o guarda esteja apto para essa responsabilidade. Por isso, passamos por testes rigorosos para a avaliação e renovação do porte de arma”, afirma.