Rumo à COP30

O projeto 'Talentos da Cozinha Amazônica - Rumo à COP30' encerra nesta terça-feira (15), após dois meses de capacitação de 120 pessoas oriundas de diversos bairros de Belém, com destaque para a comunidade da Sacramenta, no entorno da fábrica da Suzano, que apoia o projeto em parceria com o Instituto Ambient.
Desde fevereiro, os participantes tiveram atividades teóricas e práticas voltadas à identificação de oportunidades para a Conferência do Clima, que será realizada em Belém no mês de novembro. Todo o conteúdo do curso foi pautado na valorização dos produtos e da cultura amazônica. Como parte das práticas de sustentabilidade do projeto, foram realizadas oficinas de compostagem, hortas verticais e destinação correta dos resíduos sólidos.
A gastrônoma Mara Goretti Rodrigues foi a responsável pelas aulas, receitas e dicas sobre o preparo de pratos diversos, sempre com foco no reaproveitamento dos ingredientes normalmente descartados na cozinha como cascas, folhas, talos e sementes. “Nada aqui é jogado fora, tudo é reaproveitado. Nosso foco é a sustentabilidade. É gratificante ajudar alguém a ampliar os seus conhecimentos, buscar um novo campo de trabalho e gerar renda, principalmente para muitas mulheres que precisam e que não tem essa oportunidade”, afirma.
Mara destaca a força de vontade e resiliência de várias alunas que, mesmo sem experiência prévia na cozinha e enfrentando desafios para conciliar o curso com as tarefas domésticas, se empenharam durante as aulas diárias. “Muitas (mulheres) trazem os filhos porque que não tem rede de apoio para deixar a criança em casa. Elas vêm porque precisam e, mais do que isso, vem porque querem aprender”, explica.
As mulheres representam 97% do público do curso. A maioria exerce o papel de chefe de família e busca alternativas para empreender ou aprimorar as atividades já existentes, garantindo uma renda extra ou até mesmo uma nova fonte de sustento.
Patrícia Santos, de 47 anos, já trabalhou como merendeira em uma escola e não esconde o amor pela cozinha, nem o sonho de cursar gastronomia. “Eu sonho em trabalhar na área e essa oportunidade foi excelente porque eu estava querendo fazer um curso como esse, mas estava com dificuldade”. Com três filhos e um neto, ela espera fazer parte dos 20% de participantes que serão encaminhados para empresas parceiras com vagas disponíveis no mercado. “Eu consigo me enxergar sendo uma dessas pessoas contratadas e eu vou amar, porque eu amo trabalhar na cozinha”, declara Patrícia.
A formação no “Talentos da Cozinha Amazônica - Rumo à COP30” foi além das técnicas de culinárias. O projeto ensinou noções de empreendedorismo, sustentabilidade, segurança alimentar, marketing pessoal e elaboração de um currículo criativo. Mas há quem tenha participado para ter uma “prova” de que é uma cozinheira de mão cheia. Caso de Rosemeire Sena Rodrigues, de 71 anos. “Agora eu tenho um certificado. Eu aprendi a cozinhar com a minha mãe, então aonde tem uma comida eu estou lá fazendo, mas nunca tinha feito um curso de verdade. Para mim foi uma oportunidade excelente para aperfeiçoar o que eu já sabia”.
O “Talentos da Cozinha Amazônica” nasceu de uma demanda espontânea feitas pelos participantes de outros cursos realizados pelo Instituto Ambient. “Procuramos a Suzano, uma grande parceira, que acreditou na ideia e patrocinou a adequação do nosso espaço, incluindo a construção de uma cozinha sustentável e a definição do cardápio. O diferencial deste curso foi a contratação de uma especialista em captação de vagas, que estabeleceu parcerias com outras instituições para direcionar ao mercado essa mão de obra que foi qualificada”, explica o presidente do Instituto Ambient, Murilo Monteiro.
“Esse é um projeto que já nasceu um sucesso, desde o número de inscrições até a assiduidade. Essa iniciativa está conectada com um dos pilares da nossa estratégia de relacionamento com as comunidades: o fomento ao empreendedorismo, principalmente o feminino. Ao finalizar as aulas, quem participou do curso não terá somente um certificado, terá conquistado muitos aprendizados. É uma capacitação completa, com teoria e prática, tanto para quem está começando quanto para quem já é pequeno empreendedor, com aulas sobre modelagem de negócios e educação financeira. Foi um projeto que nasceu para preparar pessoas para mudar de vida”, garante Diego de Souza Carrara, coordenador de Desenvolvimento Social da Suzano.
Sobre?a Suzano:
A Suzano é a maior produtora mundial de celulose, uma das maiores fabricantes de papéis da América Latina e líder no segmento de papel higiênico no Brasil. A companhia adota as melhores práticas de inovação e sustentabilidade para desenvolver produtos e soluções a partir de matéria-prima renovável. Os produtos da Suzano estão presentes na vida de mais de 2 bilhões de pessoas, cerca de 25% da população mundial, e incluem celulose; itens para higiene pessoal como papel higiênico e guardanapos; papéis para embalagens, copos e canudos; papéis para imprimir e escrever, entre outros produtos desenvolvidos para atender à crescente necessidade do planeta por itens mais sustentáveis. Entre suas marcas no Brasil estão Neve®, Pólen®, Suzano Report®, Mimmo®, entre outras. Com sede no Brasil e operações na América Latina, América do Norte, Europa e Ásia, a empresa tem mais de 100 anos de história e ações negociadas nas bolsas do Brasil (SUZB3) e dos Estados Unidos (SUZ). Saiba mais em: suzano.com.br.
Sobre o Instituto Ambient:
O Instituto Ambiental (IA) é uma Organização Social (OS) fundada em 2012, reconhecida pelo Estado do Pará e Município de Belém como de Utilidade Pública. Atuando nas áreas de Saúde, Educação, Assistência Social e Meio Ambiente, a organização oferece serviços gratuitos para pessoas de baixa renda, sem discriminação. Sediado em Belém, o IA opera nacional e internacionalmente, comprometido com a sustentabilidade e estrito cumprimento das normas ambientais. Busca melhorar a qualidade de vida em comunidades vulneráveis, enfatizando a dignidade da pessoa humana, conforme previsto na Constituição de 1988. Saiba mais: @institutoambient