EDUCAÇÃO


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De acordo com a pesquisa Retratos da Leitura no Brasil, de 2024, apenas 38% das crianças entre 5 e 10 anos leem por gostar da atividade. A análise revelou também, que em apenas quatro anos, o país perdeu mais de sete milhões de leitores.
É no período da primeira infância que a leitura é capaz de desempenhar um papel fundamental na construção da linguagem, do pensamento crítico e da criatividade. “A leitura com as crianças proporciona inúmeros benefícios, entre eles o desenvolvimento da linguagem, quanto mais cedo a criança tiver contato com livros, mais amplo será seu vocabulário e melhor será sua capacidade de comunicação. O hábito de ler junto com os pais ou responsáveis cria momentos de afeto e conexão emocional. Diferente das telas, que oferecem imagens prontas, os livros fazem com que a criança trabalhe suas próprias imagens mentais”, explicou Caroline Aguiar, coordenadora pedagógica da Escola Canadense de Belém.
No entanto, com a popularização das telas, crianças estão trocando os livros físicos por dispositivos eletrônicos, o que pode trazer impactos negativos para seu crescimento. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), crianças de 5 a 12 anos devem limitar o tempo de tela a no máximo duas horas por dia. Porém, um estudo realizado pela Kaiser Family Foundation revelou que elas passam pelo menos sete horas do dia em frente as telas. De acordo com Caroline, alguns dos principais impactos negativos incluem a perda do sono, problemas de visão, problemas de saúde mental e problemas de desenvolvimento.
Para a especialista, a solução é investir no equilíbrio. “O uso de telas não precisa ser eliminado da vida das crianças, mas é necessário estabelecer limites. Garantindo que exista o equilíbrio saudável entre os aparelhos eletrônicos, leitura habitual, a prática de atividades ao ar livre para os pequenos”, finaliza a coordenadora.