LIBRAS




Foto: Luís Miranda/Semec
Hoje, 24 de abril, é o Dia Nacional da Língua Brasileira de Sinais (Libras). Para celebrar a data, a Prefeitura de Belém preparou uma programação especial com palestras, apresentações teatrais e músicas que abordaram a importância da Libras na educação municipal.
O evento foi organizado pelo Centro de Referência em Inclusão Educacional (Crie), da Secretaria Municipal de Educação, Ciência e Tecnologia (Semec), na Escola Municipal de Ensino Fundamental Walter Leite Caminha. A escola é sede do primeiro Polo Bilíngue de Libras e Língua Portuguesa da rede municipal de ensino de Belém, assegurando o ensino de Libras como primeira língua da comunidade surda, seguida pela língua portuguesa na forma escrita.
O objetivo da programação foi conscientizar todos os alunos, sejam surdos ou ouvintes, sobre a importância da Lei de Libras no Brasil, implantada em 24 de abril de 2002, que oficializa a língua com a qual as pessoas surdas se comunicam no País.
“É uma data muito importante, pois marca um avanço no reconhecimento e valorização da Língua Brasileira de Sinais, desmistificando a marginalização da Libras e trazendo à tona os avanços no campo da educação bilíngue para alunos surdos”, afirmou o coordenador do Crie, Marcos Lopes.
Marcos Lopes falou ainda sobre os avanços que a Prefeitura de Belém vem promovendo na educação para crianças com deficiência auditiva, com a criação de novos polos bilíngues que atendam os distritos administrativos da capital, a expansão das equipes para o atendimento de alunos surdos e a qualificação dos profissionais da educação em Libras.
“A partir de 2025, a Semec realizou estudo e análise da proposta de continuidade do Polo de Educação Bilíngue, revisando e corrigindo rotas do plano de trabalho, sem paralisar o atendimento aos demais alunos surdos das escolas de outros distritos. Também já está em processo de estudo a criação de outros polos bilíngues, buscando ampliar o atendimento desta modalidade de ensino e qualificar mais ações que não foram pensadas no início da implementação”, disse o coordenador.
Para Maria Clara Dantas, de 10 anos, estudante do 5º ano na Escola Walter Leite Caminha, a implantação do Polo Bilíngue na escola a fez se integrar mais com os outros estudantes e compreender melhor as matérias. “A minha acompanhante Pamela [Pamela Souza, acompanhante especializada em Libras] me ajuda muito a entender o que o professor ensina. Os meus colegas também me chamam para brincar, antes não era assim”, contou a estudante.
A secretária de Inclusão e Acessibilidade de Belém, Nay Barbalho, participou da mesa de abertura da programação e colocou a secretaria à disposição para propostas inclusivas. “Essa é uma pauta que me é sensível. A nova Secretaria de Inclusão e Acessibilidade está de portas abertas para apoiar a Educação Especial e Inclusiva de Belém", afirmou.
Ainda este ano o Crie vai implantar novas ações no Polo Bilíngue, como oficinas pedagógicas e workshops inclusivos para qualificar práticas pedagógicas e atividades na escola.
Texto: Luís Miranda, Ascom Semec