Reconhecimento
O Psica, o maior festival multicultural do Norte do Brasil, acaba de ser anunciado como vencedor do Prêmio Sim à Igualdade Racial 2025, na categoria Trajetória Empreendedora, ligada ao pilar de Empregabilidade. Promovido pelo ID_BR (Instituto Identidades do Brasil), o prêmio celebra projetos, pessoas e instituições que contribuem para a construção de um país mais justo e igualitário racialmente.
A conquista do Psica reconhece a potência transformadora do festival criado por Gerson Junior e Jeft Dias, dois irmãos nascidos na região metropolitana de Belém, que há mais de uma década apostam na força da Amazônia como centro de criação e difusão cultural.
"É muito simbólico pra gente ganhar esse prêmio. O Psica nasceu do desejo de fortalecer a autoestima da juventude periférica da Amazônia e mostrar que o Norte não é margem, é centro. Estar ao lado de outras iniciativas que lutam diariamente por igualdade racial no Brasil é uma honra e um combustível pra continuar", afirma Gerson Junior, diretor e cofundador do festival.
O prêmio contempla pilares como Cultura, Educação e Empregabilidade, com vencedores em diversas categorias. O reconhecimento do ID_BR fortalece ainda mais a missão do Psica de ser um vetor de orgulho, pertencimento e inovação cultural a partir da Amazônia.
"Esse reconhecimento também é um sinal de que o Brasil está cada vez mais entendendo o valor da cultura produzida no Norte. O Psica começou como uma vaquinha entre amigos, e hoje tem um impacto direto em milhares de pessoas. A cultura transforma vidas.", diz Jeft Dias, também diretor e cofundador.
O Festival Psica, realizado desde 2012, já levou aos palcos da Amazônia artistas como Gilberto Gil, Elza Soares, Ludmilla, Karol Conká, Luedji Luna, MC Carol e muitos outros. Em suas últimas edições, o evento se consolidou como espaço de afirmação da cultura preta, indígena e cabocla, promovendo conexões entre artistas locais e o mercado nacional. Em 2024, a edição “O Retorno da Dourada” aprofundou esse diálogo, explorando simbolicamente o percurso de um dos peixes mais emblemáticos da região como metáfora para as trocas culturais amazônicas.
A trajetória do Psica também reflete os efeitos positivos das leis de incentivo à cultura, como a Lei Semear, programa estadual do Pará, que tem movimentado milhões na economia criativa regional. Em 2023, com apoio de políticas públicas e patrocínios via renúncia fiscal, o Psica realizou sua maior edição, com mais de 30 atrações gratuitas e palcos espalhados pela Cidade Velha e pelo Estádio do Mangueirão. De acordo com seus organizadores, 83% do custo do evento foi coberto por recursos incentivados, permitindo uma estrutura robusta e garantindo retorno em empregabilidade e impacto social.
O Festival Psica 2025 tem patrocínio máster da Petrobras através da Lei de Incentivo à Cultura Rouanet. A realização é da Psica Produções, Ministério da Cultura e Governo Federal União e Reconstrução.
Programação 2025
Maior festival de música da região Norte e um dos mais importantes do Brasil, o Psica aposta no protagonismo da cultura preta e periférica da Amazônia. E Mano Brown é uma inspiração potente que guia o festival. Líder dos Racionais MC’s, Brown construiu ao longo de mais de 30 anos uma trajetória que ultrapassa a música e o consolidou como uma das vozes mais influentes na luta por justiça social e valorização da cultura negra.
“Nosso sonho era ter o Mano Brown no line-up, porque ele reafirma essa identidade periférica e preta brasileira. Muita coisa na nossa trajetória é ligada ao Racionais”, diz Gerson Dias, diretor do festival.
O line-up traz ainda as rimas de Abebe Bikila, mais conhecido como BK. O rapper carioca vem arrebatando multidões pelo Brasil com seu mais novo trabalho. Sucesso nas plataformas de streaming, com mais de 100 milhões de reproduções, “Diamantes, Lágrimas e Rostos para Esquecer” celebra a música brasileira sampleando grandes artistas, como Evinha, cantora negra que marcou as décadas de 1960 e 70, e tem viralizado nas redes sociais. A dupla se une no palco do Psica em um encontro inédito em Belém.
“A gente já queria trazer a Evinha antes desse boom todo nas redes sociais. E quando vimos que o BK estava com essa parceria, com o sample da Evinha, a gente soube que seria o momento perfeito. E o Psica busca tornar possíveis esses espetáculos tão especiais: feats ao vivo, no palco, que são presentes para os fãs”, destaca Jeft.
Fenômeno da nova geração, Marina Sena volta aos palcos do Psica, onde cantou em 2021, para mostrar o show de seu mais recente trabalho, “Coisas Naturais”, inédito em Belém. Destaque da novíssima cena do pop, Melly apresenta no Psica seu primeiro show no Pará. Já o Terno Rei chega no festival para celebrar os 15 anos de carreira da banda.
Uma das principais vozes do reggae brasileiro, Célia Sampaio traz a ancestralidade roots do Maranhão. Sua carreira começou nos anos 1980, quando integrou o Bloco Afro Akomabu, pioneiro no carnaval maranhense. Além disso, foi a única mulher na banda Guethos, a primeira banda de reggae a se apresentar no Teatro Arthur Azevedo em São Luís . Célia também atuou como backing vocal para artistas internacionais como Erick Donaldson e Judy Boucher.
Numa grande conexão nortista, Patrícia Bastos, a maior voz do Amapá, encontra Ronaldo Silva, um dos fundadores do Arraial do Pavulagem que há mais de 30 anos se dedica ao fortalecimento da música regional, e o Trio Manari, referência em percussão amazônica. O evento ainda vai anunciar aproximadamente 40 outras atrações para este ano.
Serviço:
Festival Psica 2025 - O Retorno da Dourada, dias 12, 13 e 14 de dezembro, na Cidade Velha e do Mangueirão, em Belém.
Passaporte Psica à venda aqui: https://www.ingresse.com/festival-psica-2025/