ESG
O maior festival de cultura da Amazônia vai além da música e da arte. O Psica atua em diversas frentes para fortalecer o ativismo social, racial e climático em uma das regiões mais importantes para a biodiversidade do planeta. Democrático e comprometido com a diversidade e empoderamento dos povos pretos, indígenas e periféricos, o festival amplia cada vez mais suas práticas de ESG (Environmental, Social and Governance), com ações que promovem uma cultura de sustentabilidade, inclusão e justiça social. E a parceria com a Petrobras, patrocinadora máster do festival em 2024 e que continuará em 2025, tem sido fundamental para essa consolidação.
A parceria com a Petrobras, patrocinadora máster do festival em 2024 e já confirmada para 2025, tem sido fundamental para essa consolidação. O Psica foi contemplado no edital Novos Eixos, que valoriza projetos culturais conectados à brasilidade e à diversidade. “A valorização da regionalidade, da diversidade e o entendimento da importância da cultura para a economia são premissas do nosso apoio”, destaca Milton Bittencourt, gerente setorial de Patrocínio Cultural da Petrobras.
Para Jeft Dias, diretor do Psica, o apoio da Petrobras é um marco. “Essa visão sensível de brasilidade — que considera o Brasil periférico, preto, indígena, do carimbó e do Tambor de Mina — abre possibilidades antes negadas. Isso é revolucionário.”
Desde sua criação, o Psica tem a diversidade e a acessibilidade como pilares. A lista Transfree, em parceria com a Rede Paraense de Pessoas Trans, garante gratuidade ilimitada. Em 2024, o festival deu um salto ao institucionalizar um setor de ESG e adotar uma política de acessibilidade 360º. Foram mais de 40 profissionais especializados no acolhimento de pessoas com deficiência e neurodivergentes, com serviços como Libras em todos os palcos, salas de descompressão, audiodescrição via QR Code, abafadores de ruídos e banheiros acessíveis. O resultado: 280 pessoas com deficiência participaram do evento, acompanhadas por 205 acompanhantes.
No campo ambiental, o Psica se destaca pela gestão eficiente de resíduos — com a coleta de quase 2,2 toneladas de materiais recicláveis — e pela produção de press kits com insumos reutilizáveis e produtos da sociobioeconomia amazônica. Em parceria com a empresa Amachais, o festival mede sua pegada de carbono e trabalha para alcançar a neutralidade em emissões por meio de projetos ambientais na própria região.
A valorização dos talentos locais também é central: a edição de 2024 contou com 38 artistas nortistas e 14 artistas PCDs no line-up. Na feira criativa, sob curadoria da empreendedora ribeirinha Noanny Maia, 80% dos expositores eram mulheres e 60% eram negras. A praça de alimentação priorizou insumos regionais, orgânicos e fornecedores localizados em um raio de até 70 km, fortalecendo a economia e reduzindo impactos ambientais.
A ação em parceria com a APAE Belém, com a distribuição de 600 folders educativos, é outro exemplo do engajamento com o ativismo social e a redução de desigualdades. “O Festival Psica não é apenas um evento cultural, mas um motor de transformação na Amazônia”, afirma Gerson Dias, também diretor do evento. “Celebramos a diversidade ao mesmo tempo em que mobilizamos a sociedade pela preservação de um dos maiores patrimônios naturais e culturais do planeta.”
Com essa atuação ampla, o Psica se posiciona como um modelo de como grandes eventos podem promover justiça social, fortalecer economias locais e inspirar mudanças estruturais para um futuro mais justo e sustentável.