Muito antes de aprender a ler e escrever, uma criança precisa aprender a reconhecer suas emoções, lidar com frustrações, desenvolver empatia e estabelecer vínculos afetivos saudáveis. Na Escola Canadense de Belém, o desenvolvimento socioemocional não é uma atividade isolada, é parte estruturante do currículo tão essencial quanto a alfabetização ou a matemática.

Dados da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) mostram que competências como empatia, colaboração e resiliência são cada vez mais valorizadas no século XXI não apenas no contexto escolar, mas também no ambiente profissional e nas relações pessoais. Ainda segundo a OCDE, crianças que desenvolvem essas habilidades nos primeiros anos têm 46% mais chances de alcançar sucesso acadêmico e profissional no futuro.

Na Escola Canadense de Belém, os alunos participam de atividades lúdicas e interativas que estimulam o autoconhecimento, o respeito ao próximo e a resolução pacífica de conflitos. “O desenvolvimento emocional é a base para todas as outras aprendizagens. Uma criança que aprende a nomear sentimentos, a respeitar os limites dos colegas e a resolver conflitos de forma construtiva está mais preparada para aprender e para a vida”, explica Caroline Aguiar, coordenadora pedagógica da instituição.

Entre as práticas adotadas estão os projetos de vida, rodas de conversa, contação de histórias e o uso de situações cotidianas para estimular a expressão dos sentimentos e o cuidado com o outro. Tudo isso cria um ambiente onde os alunos se sentem parte de uma comunidade acolhedora e cooperativa.  “O bem-estar emocional não é um conteúdo acessório, é o que sustenta o aprendizado. Quando uma criança se sente segura, acolhida e compreendida, ela aprende com mais motivação e significado”, reforça Caroline.