Hip hop
Depois de passar por cidades como Belém, Castanhal, Marabá, Parauapebas e Conceição do Araguaia, a Copa Paraense de Rimas entra na reta final. Os próximos encontros acontecem em Altamira, no dia 4 de julho, às 19h30, na Orla do Cais, e em Breves, encerrando o circuito de seletivas que está movimentando o hip-hop em todo o estado.
O projeto nasceu da Batalha de São Brás, criada em 2013 no tradicional bairro de São Brás, em Belém, e hoje considerada o maior movimento de hip-hop do Pará. Com duelos de freestyle, onde MCs rimam de improviso, a batalha se tornou ponto de encontro da juventude periférica e expressão viva da cultura de rua amazônida.
Pela primeira vez, a iniciativa ganha formato estadual, com seletivas em 16 cidades. O objetivo é dar visibilidade à arte feita nas periferias e destacar a força do rap como instrumento de transformação social e afirmação da identidade amazônica.
“A Copa Paraense de Rimas é mais do que um campeonato — é uma afirmação da nossa identidade. O rap feito na Amazônia carrega nossas águas, florestas e favelas. É discurso ambiental e ferramenta de transformação social”, afirma o rapper e produtor cultural Daniel ADR, idealizador do projeto.
Final com shows e documentário
Além das batalhas e oficinas, o festival promove shows com artistas locais e nacionais. Os 16 MCs classificados nas seletivas vão disputar a grande final, que promete ser uma celebração da potência criativa da juventude nortista.
Toda a trajetória será registrada em um média-metragem documental, previsto para estrear ainda este ano, em diálogo com a COP30, conferência climática da ONU que será realizada em Belém em 2025.
“Mais do que uma competição de rima, a Batalha de São Brás se tornou um movimento cultural e político. O microfone aberto virou ferramenta de formação, pertencimento e voz para uma juventude historicamente marginalizada”, reforça Daniel ADR.
A entrada é gratuita em todas as etapas. A programação completa pode ser acompanhada pelo Instagram da Batalha de São Brás.