Dia da Amazônia
Em alusão ao Dia da Amazônia, celebrado nesta sexta-feira, 5, o Fórum Paraense de Juventudes (FPJ) realiza, durante este mês, uma série de mobilizações formativas e culturais protagonizadas por jovens amazônidas. A ação “Dia da Amazônia: Juventudes que Ecoam” busca afirmar a juventude da região como protagonista das soluções frente à crise climática e à defesa dos territórios. A programação acontece nos dias 5 e 6, na ‘A Casa Aberta’, que fica localizada na Rua Ó Almeida, nº 1062. E no dia 7, durante o Grito dos Excluídos.
Mais do que uma data simbólica, a inicitiva visa criar espaços de escuta ativa, afeto e insurgência juvenil. Em um contexto marcado pela emergência climática e o racismo ambiental, a ação articula saberes ancestrais, cultura popular e inovação para fortalecer redes de juventudes rumo à 30ª Conferência das Partes (COP 30), que acontece em novembro na capital paraense.
“Por trás destes três dias de ação, existe uma rede de coletivos juvenis de todo o Pará que está passando por um intenso processo de formação para chegar à COP 30, não como espectadora, mas como protagonista, com propostas fortes e bem fundamentadas.”, reforça Mattheus Oliveira gestor de engajamento e articulação do FPJ.
As mobilizações incluem a produção coletiva de lambe-lambes com mensagens de justiça climática, que terão como eixo a defesa dos territórios e a visibilidade de povos e comunidades tradicionais. Haverá também formações sobre territórios, justiça climática e racismo ambiental, conectando o cotidiano dos jovens às agendas globais do clima e preparando-os para atuação e incidência na COP30. Outra frente de atividades abordará os desafios e oportunidades da transição energética no Brasil, com uma perspectiva interseccional que discute como raça, gênero e classe se cruzam nos impactos e nas oportunidades dessa transição, incentivando uma visão inclusiva e justa.
A ação também promoverá uma roda de conversa com jovens que fazem parte da comunidade LGBTQIAPN+. A ideia é garantir um espaço seguro e horizontal, compartilhando experiências, estratégias de cuidado e resistência, fortalecendo redes e visibilizando suas lutas por justiça climática. Ao final, a programação culminará em um momento de escuta coletiva e celebração cultural e apresentação musical de jovens artistas amazônidas, reafirmando a potência criativa e política das juventudes da região.
“Cada atividade, da colagem dos lambes à roda de conversa LGBTQIAPN+, foi pensada para reafirmar nossa potência criativa e política. Acreditamos que a justiça climática só será alcançada quando nossas diversas vozes e artes forem vistas como tecnologia de resistência.”, destaca Jadh Azulay, gestora de projetos do Fórum Paraense de Juventudes.