De 15 a 19 de outubro, Belém volta a pulsar no ritmo da dança com a realização da 32ª edição do Festival Internacional de Dança da Amazônia – FIDA, idealizado e coordenado pela Professora e bailarina Clara Pinto.

Mais do que um festival, o FIDA é uma história viva. São 32 anos promovendo arte, cultura e transformação social, fazendo da Amazônia um ponto de encontro entre talentos regionais, nacionais e internacionais. Criado em 1994, o FIDA foi o primeiro festival internacional de dança da Região Norte e, desde então, se tornou símbolo de resistência, inovação e amor pela dança.

A grande novidade deste ano é o reconhecimento oficial do FIDA como Patrimônio Cultural do Estado do Pará, por meio de projeto de lei que consagra sua relevância artística e histórica para a cultura paraense. Um marco que eterniza sua contribuição para o desenvolvimento cultural da Amazônia.

Para Clara Pinto, esse reconhecimento representa mais do que uma conquista institucional — é um tributo a todos que acreditam na dança como expressão da alma amazônica:

“Ver o FIDA reconhecido como Patrimônio Cultural do Pará é uma emoção indescritível. Foram décadas de dedicação, de luta e de amor à arte. Esse título é o resultado do esforço coletivo de todos os que fizeram e fazem parte dessa história. É a confirmação de que a dança tem, sim, um lugar fundamental na cultura e no coração do nosso povo.”

O festival segue cumprindo sua missão de democratizar o acesso à dança, abrindo espaço para crianças, jovens e artistas se apresentarem gratuitamente em palcos alternativos e para o público apreciar espetáculos de diferentes estilos — do Clássico ao Contemporâneo, do Jazz ao Folclore.

Durante cinco dias, Belém se transforma em um grande palco com apresentações e oficinas em diversos pontos da cidade:
    •    Teatro da Paz – Mostra de Dança Adulto e Mostra Competitiva
    •    Teatro Estação Gasômetro – Mostra Competitiva (Solo, Duo, Trio e Conjunto)
    •    Escola de Danças Clara Pinto – “Calçada da Dança”, palco alternativo aberto ao público

O FIDA 2025 também contará com oficinas de aperfeiçoamento técnico em Ballet Clássico, Jazz Musical e Dança de Salão, abertas a profissionais e amantes da dança.

Todos os anos, o festival presta homenagem a grandes nomes da dança nacional e internacional, como Ana Botafogo, Dalal Achcar, Márcia Haydée, Carlinhos de Jesus, Toshie Kobayashi (in memorian) e muitos outros.

Nesta edição especial, o evento recebe Manuela Roçado e Rodrigo Hermesmeyer como bailarinos convidados, além de companhias e artistas consagrados do Brasil e do mundo.

A Cia de Danças Clara Pinto também apresenta o projeto “Resgate da Cultura Paraense”, que valoriza personalidades e expressões artísticas do nosso estado, como Maria Helena, Maestro Waldemar Henrique, Líbero Luxardo, Tó Teixeira e Pinduca — reforçando o compromisso do festival com a preservação da memória e da identidade amazônica.

Ao longo dessas três décadas, o FIDA se consolidou como um dos principais festivais de dança do Brasil, impulsionando o turismo, a economia criativa e a formação de novos talentos.

Agora, oficialmente reconhecido como Patrimônio Cultural do Pará, o FIDA celebra sua trajetória com o mesmo propósito que o move desde o início: fazer Belém e a Amazônia respirarem dança.