DEBATE
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Representantes das Centrais Sindicais da Região Norte reuniram-se nesta sexta-feira (24), no auditório do SENAI, em Belém, para consolidar as pautas que a classe trabalhadora da Amazônia Legal levará ao debate durante a COP30, marcada para novembro de 2025, também na capital paraense.
O encontro contou com a presença do ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, do senador Zequinha Marinho, da presidenta do Tribunal Regional do Trabalho da 8ª Região, desembargadora Sulamir Almeida, do desembargador do Trabalho da 8ª Região, Paulo Isan, do superintendente do Ministério do Trabalho no Pará, Paulo Gaia, e do secretário municipal de Trabalho e Empreendedorismo de Belém, Maicon.
Também participaram representantes das principais centrais sindicais da região, entre eles Ivo Borges (Força Sindical/Pará), Marivaldo (Nova Central), Jhon (CTB) e Vera (CUT).
Durante o evento, foi apresentada a Carta Final do Fórum de Unidade Sindical da Amazônia Legal – “A Voz da Amazônia”, documento que reúne as principais demandas, propostas e compromissos da classe trabalhadora da região diante dos desafios ambientais, sociais e econômicos da Amazônia.
A carta reforça que a Amazônia “não pode ser apenas observada, precisa ser ouvida”, e defende o protagonismo dos trabalhadores amazônidas na construção de um modelo de desenvolvimento que una progresso econômico, justiça social e equilíbrio ambiental.
Foram definidas sete pautas estruturantes que servirão como base para o debate sindical e social durante a COP30:
1. Transição Justa e Trabalho Decente;
2. Negociação Coletiva e Diálogo Social;
3. Capacitação e Formação Profissional;
4. Criação do Comitê Central da Amazônia Trabalhadora;
5. Valorização do Serviço Público e das Políticas Sociais;
6. Participação Social e Fortalecimento da Democracia;
7. Financiamento Sustentável e Fundo Verde do Trabalho.
De acordo com os organizadores, os eixos buscam garantir que o desenvolvimento da Amazônia ocorra com emprego, renda e dignidade, fortalecendo o papel dos trabalhadores nas decisões que moldarão o futuro da região.
O Fórum propôs ainda a criação do Comitê Central da Classe Trabalhadora, instância permanente de diálogo e monitoramento das políticas públicas voltadas ao mundo do trabalho, com participação de representantes das centrais sindicais, do Governo Federal, da Justiça do Trabalho, do Ministério Público do Trabalho e de instituições parceiras.
Para Ivo Borges, coordenador-geral do Fórum, e Nonato Alves, secretário-geral, o encontro marca um novo momento de união e engajamento da classe trabalhadora da Amazônia Legal.
“A Amazônia não é periferia, é centro de vida, de resistência e de esperança. Nossa classe trabalhadora é o alicerce humano que mantém a floresta em pé e o país de pé”, afirmou Nonato Alves.
A iniciativa reforça o papel da Amazônia Legal como protagonista na agenda global sobre mudanças climáticas, sustentabilidade e justiça social, e a importância da participação organizada dos trabalhadores amazônidas na COP30.