ECONOMIA
Belém (PA) registrou um dos avanços mais expressivos do país no Índice de Demanda Imobiliária (IDI) Brasil referente ao terceiro trimestre de 2025. A capital paraense, que apresentou crescimento em todos os padrões econômicos analisados, subiu da 35ª posição no primeiro trimestre para o 12º lugar no ranking de demanda do padrão médio, entre 79 cidades avaliadas pelo estudo.
O levantamento, desenvolvido pelo Ecossistema Sienge, CV CRM e Grupo Prospecta, em parceria com a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), mede a atratividade do mercado de imóveis residenciais verticais com base em dados reais de transações.
O bom desempenho de Belém reflete diretamente os investimentos públicos e os incentivos voltados à preparação para a COP30, evento que colocará a cidade no centro das atenções globais. Para José Carlos Martins, presidente do Conselho Consultivo da CBIC, a melhoria da infraestrutura urbana foi determinante para o aumento da demanda.
“Belém tem atraído companhias internacionais e ampliado o mercado como um todo, que se apresenta em maior demanda por moradias. Não vejo essa relevância se encerrando com a COP; a capital deve continuar atrativa para o mercado imobiliário mesmo após o evento”, destaca.
O movimento de crescimento também é confirmado por Fabrizio Gonçalves, presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado do Pará (Sinduscon-PA).
“Após a pandemia, o mercado em Belém passou por um período de retração. Agora, em 2025, vivemos uma retomada: muitos empreendimentos estão sendo entregues e vários outros estão em fase inicial. Tenho visitado obras ainda na fundação com mais de 90% das unidades vendidas. É um excelente momento para o mercado imobiliário de Belém, que deve se manter aquecido no próximo ano, mesmo após a COP”, afirma.
Com essa escalada no ranking, Belém se consolida como um dos principais polos imobiliários fora do eixo Sul-Sudeste, reforçando o potencial de crescimento da região Norte e seu papel estratégico no mercado imobiliário nacional.