ENTRETENIMENTO
Foto: Divulgação
À medida que Belém se prepara para receber a COP30, cresce a atenção para iniciativas que conectam bioeconomia, cuidado pessoal e sustentabilidade. No coração do bairro de Nazaré, o Bioma Spatium, espaço que reúne estética, bem-estar e educação em beleza limpa, tem se destacado por adotar práticas alinhadas à regeneração amazônica e ao uso consciente dos recursos naturais.
À frente do salão, a administradora Ana Katia Vasconcelos defende que a beleza produzida na Amazônia deve refletir o respeito pelo bioma que a sustenta. “Estamos no meio da Amazônia, e é fundamental que possamos refletir sobre nossas ações, especialmente considerando o impacto que causamos nesse território”, afirma.
No espaço, os produtos utilizados apresentam até 98% de naturalidade, priorizando matérias-primas de seis biomas brasileiros, com predominância da Amazônia, e reduzindo significativamente o uso de substâncias tóxicas. Além disso, o salão mantém um sistema de compensação de carbono, realizado com acompanhamento técnico, que já contribuiu para neutralizar 200 toneladas de CO2 emitidas na atmosfera.
“É um amor antigo, mas que muitas vezes caminha só. Ao ver surgir uma comunidade comprometida em promover saúde, bem-estar e beleza sem contribuir para destruição da natureza, encontramos força coletiva”, diz Ana Katia. “O desafio ainda é desmistificar a ideia de que produtos naturais não são eficazes. Eles têm alta performance e ainda reforçam o vínculo do homem com a terra, fortalecendo quem vive dela e a protege.”
Dentro do Bioma Spatium, a experiência vai além dos produtos. Segundo Luciane Santos, especialista em beleza limpa do espaço, o ambiente é pensado para refletir harmonia e cuidado integral. “Para muitos clientes, esse conceito é uma novidade que chega com entusiasmo. Usamos técnicas que reduzem o impacto ambiental, como o ‘lavar saudável’, e evitamos o uso de alumínio, além de priorizar embalagens biodegradáveis”, explica.
Com plantas distribuídas por todo o salão e uso de iluminação natural, o espaço convida à pausa e ao respiro em meio à rotina urbana. “Nosso ambiente se torna um refúgio, onde a pessoa cuida de si e, ao mesmo tempo, contribui para o cuidado com a natureza”, completa Luciane.
Em um momento em que a Amazônia está no centro das discussões globais sobre o clima, iniciativas como essa reafirmam que práticas sustentáveis podem, e devem, estar presentes no cotidiano, inclusive nos rituais de beleza.
Para quem vive ou estará em Belém no período da COP30, o movimento da beleza limpa se apresenta como uma experiência sensorial, política e cultural: cuidar do corpo, da autoestima e da floresta ao mesmo tempo.