Sustentabilidade
A COP30, que acontece em Belém do Pará, no coração da Amazônia, não é apenas mais uma conferência climática. O evento representa uma oportunidade inédita para o Brasil mostrar ao mundo que é possível conciliar produção, preservação e prosperidade.
Em um planeta pressionado por eventos climáticos extremos e pela escassez de recursos, a agricultura regenerativa surge como a resposta mais concreta e acessível. Essa prática devolve vida ao solo, reduz a dependência de químicos, melhora a produtividade e coloca o agricultor como protagonista da agenda climática.
A Morro Verde, empresa que trabalha de forma sustentável, com soluções como fosfato natural reativo (FNR), bioinsumos minerais e calcário dolomítico, que restauram solos tropicais e reduzem emissões, tem a frente o CEO George Fernandes, ressalta a importancia das ações sustentáveis.“Não é apenas uma questão de técnica, é uma mudança de paradigma: a agricultura de ver utilizada de forma regeneradora, não apenas produtora”, explica Fernandes.
Desafios
Enquanto países como Alemanha, Estados Unidos e Índia criam políticas robustas que conectam inovação verde a financiamento, por meio de incentivos, subsídios e segurança regulatória, o Brasil ainda enfrenta entraves estruturais.
De acordo com dados disponibilizados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), as pequenas e médias empresas representam cerca de 30% do PIB nacional e acessam apenas 9% do crédito total. Juros altos, burocracia e a ausência de uma taxonomia nacional de finanças verdes limitam a transição para práticas regenerativas.
Para Fernandes, é neste ponto que o BNDES e os fundos ESG assumem um papel protagonista, criando instrumentos financeiros claros e de longo prazo para projetos de impacto ambiental positivo. “Especialmente no agronegócio regenerativo, que é o verdadeiro elo entre segurança alimentar e climática”, reforça o CEO.
Para o representante, a inovação não nasce de restrições, mas da liberdade de empreender com propósito. E é esse espírito que guia a COP30, um espaço onde agricultores, cientistas e empreendedores que produzem com responsabilidade têm voz ativa.
“Que Belém não seja apenas o endereço de uma conferência, mas o ponto de virada em que o Brasil assume a liderança global de um novo modelo de desenvolvimento. Um modelo que prova que é possível gerar lucro com propósito e crescimento com regeneração. Porque, no fim, não se trata apenas de salvar o planeta, mas de garantir que a humanidade continue digna sobre ele”, finaliza o CEO.