AGROFLORESTAS
O avanço das agroflorestas ganhou novo fôlego na região amazônica. O Projeto Corredor de Biodiversidade da Amazônia concluiu a implantação de 150 quintais agroflorestais em comunidades do Pará e do Maranhão, beneficiando diretamente 150 famílias e impactando mais de 500 pessoas. As ações chegaram a áreas de agricultura familiar em Cidelândia (MA), Itinga do Maranhão (MA) e Ulianópolis (PA).
Ao todo, foram implantados mais de 22.500 m² de agrofloresta, que devem gerar 4,9 toneladas de alimentos. O modelo reúne árvores, cultivos e espécies nativas em sistemas produtivos que regeneram o solo, aumentam a fertilidade natural e fortalecem a biodiversidade. Além de ampliar a cobertura vegetal, os quintais garantem segurança e soberania alimentar — e abrem novas possibilidades de renda nas comunidades.
Na Agrovila Ipanema, em Itinga do Maranhão, o agricultor Adão Silva Chaves resume o impacto da iniciativa. “Não foi fácil chegar até esse ponto das agroflorestas, mas conseguimos”, diz. Para ele, o quintal agroflorestal significa comida diária e, no futuro, renda complementar. “Incentiva as pessoas a plantar e ampliar. É uma base fundamental para a agricultura familiar: primeiro garante o alimento de casa e, depois, vai dar para vender também.”
O projeto é resultado de uma parceria entre Suzano e Sofidel, com apoio da Amazônia Onlus e implementação do Instituto Brasileiro de Desenvolvimento e Sustentabilidade (IABS). A iniciativa busca fortalecer arranjos produtivos no entorno do Corredor de Biodiversidade da Amazônia, conectando geração de renda, preservação e manejo sustentável.
A ação reforça o papel das agroflorestas como soluções eficientes de adaptação às mudanças climáticas e de fortalecimento da economia local — práticas que vêm ganhando espaço nos debates da COP 30 e evidenciam como a Amazônia pode inspirar caminhos sustentáveis para o país.