TECNOLOGIA
A Agência Nacional de Proteção de Dados (ANPD) participou da V Semana de Segurança da Informação e da Comunicação (SIC 2025) e trouxe um recado direto: o setor público ainda está longe do ideal quando o assunto é proteção de dados pessoais.
Durante a apresentação, o gerente de Projetos Lucas Borges mostrou que muitos órgãos ainda não conseguem identificar quais informações coletam ou como deveriam tratá-las. Segundo dados citados, cerca de 40% das instituições federais não reconhecem todas as normas aplicáveis — e 80% sequer possuem uma política de segurança da informação.
Os exemplos apresentados também chamam atenção. Há órgãos que coletam dados sem explicar claramente a finalidade, sistemas que não registram o ciclo completo dessas informações e poucos mecanismos que garantam os direitos dos titulares, como acesso, correção ou exclusão de dados.
Para a ANPD, o caminho passa por ações simples e urgentes: nomear encarregados de proteção de dados, treinar servidores e tornar mais transparente a forma como o Estado lida com informações pessoais. A agência reforça que confiança digital só se constrói com práticas éticas, previsíveis e responsáveis.
A mensagem final do órgão é clara: proteger dados não é apenas obrigação legal, mas parte essencial de um governo moderno e confiável. E esse processo depende tanto das instituições quanto da participação ativa da sociedade.