SAÚDE
O mês de dezembro marca o início do período mais chuvoso na capital paraense e, junto com a umidade elevada, cresce também o número de pessoas que sofrem com crises de rinite, asma, sinusite e alergias respiratórias. O excesso de umidade favorece a proliferação de ácaros, fungos e mofos, principais vilões para quem tem predisposição alérgica.
De acordo com a alergista e imunologista dra. Vanessa Pereira, o clima típico da região amazônica exige atenção redobrada nesta época do ano.
“A combinação de calor com alta umidade cria o ambiente ideal para ácaros e fungos, que são os principais desencadeadores das crises alérgicas. Em dezembro, é muito comum vermos pacientes com piora dos sintomas respiratórios”, explica.
Espaços fechados, pouca ventilação e o uso frequente de ar-condicionado também contribuem para o agravamento das crises. Segundo a especialista, ambientes úmidos e com pouca circulação de ar acumulam alérgenos que passam despercebidos no dia a dia.
“Mofo em paredes, cortinas, tapetes e até em armários é um fator importante. Muitas vezes o paciente trata apenas os sintomas, mas não elimina a causa do problema dentro de casa”, alerta a dra. Vanessa.
Entre os sintomas mais comuns estão espirros frequentes, nariz entupido ou escorrendo, coceira no nariz e nos olhos, tosse seca e falta de ar, especialmente em pessoas asmáticas.
A médica reforça que a prevenção é fundamental durante o período chuvoso.
“Manter os ambientes ventilados, evitar o acúmulo de poeira, reduzir objetos que acumulam mofo e fazer a limpeza adequada de filtros de ar-condicionado são medidas simples que fazem grande diferença”, orienta.
Em casos de sintomas persistentes ou crises recorrentes, a recomendação é procurar um alergista e imunologista para diagnóstico correto e tratamento individualizado, garantindo mais qualidade de vida mesmo durante o inverno amazônico.