O Hospital Ophir Loyola (HOL) promoveu nesta quarta-feira, 5, palestras educativas sobre câncer de próstata e esclerose múltipla. A programação voltada para profissionais e população em geral abordou sobre o diagnóstico precoce, causas, sintomas e tratamento das doenças. Especialistas estavam disponíveis para esclarecer dúvidas dos participantes.
As temáticas escolhidas serviram para alertar que o câncer de próstata é a primeira causa de óbitos por câncer no sexo masculino no Pará. Mais comum em homens com mais de 65 anos, muitas vezes não apresenta sintomas. Todo aquele que sentir dificuldade em urinar, sensação de não esvaziamento da bexiga, sangramento na urina, aparecimento de caroços na região de virilhas e axilas, entre outras anormalidades, deve consultar um urologista.
“O diagnóstico precoce da doença aumenta consideravelmente as chances de sucesso no tratamento. Em sua fase inicial, o câncer de próstata tem evolução silenciosa, e algumas vezes não apresenta nenhum sintoma. Quando apresenta, são semelhantes aos do crescimento benigno. Homens com parentes de primeiro grau que tiveram a doença têm mais chance de desenvolvê-la e a incidência aumenta proporcionalmente ao avanço da idade. Por isso, existe a necessidade de realizar consultas periódicas com o especialista”, esclarece o dr. Ricardo Tuma.
O câncer de próstata é frequentemente descoberto através de exame físico ou por monitoração dos exames de sangue, como o teste do Antígeno Prostático Específico (PSA). O toque retal e a dosagem do PSA devem ser feitos em todo o homem a partir dos 45 anos, principalmente naqueles com histórico na família, independentemente de sintomas.
O autônomo Reginaldo Pereira, 55, afirma não ter vergonha de fazer o exame de próstata. “Sei que não sou mais jovem e estou atento para ter uma velhice com qualidade de vida. Nós somos muito machistas. Temos que dar importância para o que faz bem para a saúde e deixar de lado o preconceito”, defende.
ESCLEROSE
Já na palestra sobre esclerose múltipla, o neurologista Hideraldo Cabeça, explicou que as causas da doença são desconhecidas. “Acredita-se que pode ser viral ou ambiental. Geralmente acomete pessoas jovens, entre 20 a 40 anos, e provoca dificuldades motoras e sensitivas. É uma doença inflamatória crônica, possui tratamento, mas ainda não tem cura. Quando o diagnóstico é tardio, as pessoas ficarão acamadas”, alertou o médico.
A esclerose múltipla acomete cerca de duas a três vezes mais as mulheres do que os homens. Mais comuns nas regiões setentrionais, é rara em crianças e também raro o diagnóstico depois dos 65 anos. É uma doença imunomediada pelas células T (tipos de linfócitos). Apresenta sintomas como pernas pesadas, fraqueza de um ou mais membros e sintomas sensitivos, pode ser confundida com outras patologias, dificultando o diagnóstico.