Uma equipe da Secretaria de Assistência Social do Estado (Seas) visitou as Centrais de Abastecimento do Rio Grande do Sul (Ceasa/RS), com objetivo de conhecer algumas ações desenvolvidas no complexo, com foco no Banco de Alimentos. A visita aconteceu na última segunda-feira, 22, e objetivou também conhecer o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA).
O PAA é uma das ações do programa Fome Zero, do Governo Federal, e garante acesso aos alimentos em quantidade, qualidade e regularidade necessárias às populações em situação de insegurança alimentar e nutricional, assim como permite adquirir, a preços justos, a produção proveniente da agricultura familiar. Em 2012, o programa garantiu alimentação adequada para 30 mil pessoas em todo o Pará. Foram 472 agricultores familiares atendidos e 716 mil toneladas de alimentos in natura distribuídas para 124 entidades socioassistenciais.
Segundo a coordenadora de Programas e Projetos de Alimentação e Nutrição da Seas, Sheila Lisboa, a Ceasa/RS é uma referência na execução do programa. "Nossa meta é identificar e cadastrar os potenciais beneficiários, especialmente aqueles em situação de extrema pobreza, com prioridade a povos indígenas e quilombolas", afirmou. O diretor Técnico da Ceasa/RS, Gerson Madruga, falou sobre a estrutura do complexo, que concentra mais de dois mil produtores gaúchos e doou, no ano passado, 550 mil toneladas de alimentos. Ele também destacou o Programa de Monitoramento de Qualidade de Produtos, cujo objetivo é garantir mais qualidade aos alimentos disponibilizados à população do estado, monitorando a presença de resíduos de agrotóxicos de uso não autorizado no Brasil, ou ainda autorizados, mas acima dos limites máximos estabelecidos ou de uso não recomendado para a cultura.
Banco de Alimentos
O Ministério do Desenvolvimento Social já aprovou os recursos para a implantação do Banco de Alimentos no Pará. O projeto, orçado em R$ 1.575.000,00, será coordenado pela Seas em parceria com as Centrais de Abastecimento do Pará (Ceasa), beneficiando famílias em situação de vulnerabilidade social e nutricional.
Com a implantação do Banco de Alimento, o excedente desperdiçado na Ceasa passará por um processo de aproveitamento integral, desde a coleta até a distribuição in natura, que será destinada às instituições e entidades sociais sem fins lucrativos, às famílias de catadores da Ceasa, além da comunidade ribeirinha do Porto da Ceasa.
Para Sheila Lisboa, coordenadora da Seas, “a gestão compartilhada com a Ceasa é fundamental para o êxito do projeto no Pará”. Em sua apresentação aos técnicos paraenses, a nutricionista responsável pelo Banco de Alimentos da Ceasa/ RS, Marineli Meliga, explicou que há uma expressiva quantidade de frutas, legumes e verduras que são dipensadas da área de venda diariamente apenas por não apresentarem um aspecto vistoso, mas que ainda se encontram em condições para o consumo. “Em vez de serem descartados como resíduos orgânicos, esses alimentos são encaminhados para o Banco de Alimentos, que será responsável pela coleta e seleção de hortifrutigranjeiros que serão doados às entidades cadastradas no programa", disse Marineli.