Desde o início de 2011, o governo do Pará investiu mais de R$ 9 milhões na melhoria da infraestrutura e processos do Centro de Perícias Científicas Renato Chaves (CPC). O órgão, que apresentava uma série de problemas, hoje possui um parque laboratorial elencado entre os cinco melhores do país, com equipamentos modernos e tecnologia de primeira linha. “Ao final deste ano fizemos um balanço que indicou diversos avanços no trabalho desenvolvido pelo CPC. Conseguimos aumentar o número de viaturas, implantamos novas unidades no Estado, promovemos o treinamento dos servidores, adquirimos novos equipamentos, etc. Sabemos que muito ainda precisa ser feito, mas o sentimento é de alegria, pois em pouco mais de dois anos de trabalho conseguimos fazer o que por muitos anos deixou de ser feito”, afirma o diretor do CPC, Orlando Salgado.
Um dos principais avanços foi na área da perícia criminal. Os peritos do CPC receberam, por meio de convênio com a Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp), o equipamento de luz forense, importado da Alemanha, que funciona com uma tecnologia capaz de detectar uma enorme variedade de vestígios deixados por criminosos nas cenas de crime, como impressões digitais, saliva, sangue, urina, sêmen, cabelos, pegadas e outros.
Outro ganho nesta área foi a aquisição das maletas de local de crime, equipadas com lanternas de luz forense (utilizadas para detectar vestígios como sangue, líquido espermático e qualquer substância biológica invisível a olho nú), componentes e reagentes químicos (muitos deles utilizados para constatar a natureza de entorpecentes apreendidos), câmeras digitais, laptops com programas específicos para local, GPS’s, trenas a laser e itens de proteção individual, como luvas e máscaras. “Esses equipamentos novos representam um grande ganho na questão da resolutividade dos crimes de homicídio”, diz Salgado.
Na opinião de José Cordeiro, perito há 12 anos, a perícia criminal no Pará registrou um avanço muito grande. “Quando comecei, tudo que os peritos usavam era uma maleta com poucas coisas. Demorávamos muito para conseguir desvendar um caso. Hoje, trabalhamos com a maleta de luzes forense, que é o que há de mais moderno no Brasil e no mundo. Com certeza os investimentos feitos trouxeram benefícios tanto para nós peritos, como para a população”, diz o perito.