


Foto: Ascom HRBA
Há cinco anos, a casa da pequena Élida de Sousa é o Hospital Regional do Baixo Amazonas, em Santarém. Por causa de um problema respiratório, ela precisa de aparelhos para continuar vivendo. Élida enfrenta essa rotina desde os seis meses de idade. Como ela, outras três crianças que também não podem sair do hospital, por conta de doenças respiratórias crônicas, puderam desfrutar de um momento especial na noite desta quarta-feira, 11, onde as crianças tiveram a oportunidade de se encontrar com o Papai Noel, ouvir músicas e contemplar uma árvore de Natal de quase oito metros de altura, decorada com 5.500 garrafas pet, montada em frente ao HRBA. O objetivo da direção do hospital foi criar um clima mais familiar e proporcionar um momento de confraternização entre pacientes, familiares e profissionais.
A menina não pode ficar mais de duas horas longe dos aparelhos. E, pela primeira vez, ela passará o Natal ao lado da mãe, no hospital. Para a mãe, Eda Ferreira, apesar de ser um momento difícil, o esforço que vem sendo feito é pra que a pequena Élida sinta o menos possível a ausência dos familiares e amigos nesa data. “Será uma experiência gratificante. A Élida é uma pessoa muito especial na minha vida e também já ganhou a afeição dos funcionários que trabalham no hospital”, disse Eda.
Histórias de Natal em hospital quase sempre são marcadas por dramas pessoais ou de famílias inteiras. Mas é um dos momentos em que os sofrimentos se aplacam. E entre tantas histórias de pacientes, as das crianças se destacam nesta época. No HRBA, além de Élida, Danilo Dias Frazão, de três anos, é outro pequeno paciente entre as 25 crianças internadas para tratamento no setor de oncologia. Ele sofre de câncer no intestino, diagnosticado há dois meses.
“Para mim, é muito emocionante ver o meu filho assim. E agora estamos todos juntos aqui. Ele estava com muita saudade do irmãozinho. Eu estou muito feliz e sei que ele está feliz por estar aqui, sendo assistido”, diz emocionada a mãe, Raquel Dias. Na festa do dia 11, foi a primeira vez que o menino viu o Papai Noel, mas o que mais o impressionou foi a enorme árvore de Natal. “A situação dele é difícil, mas eu estando ao lado dele, e ele estando com vida, é o que importa”, diz Raquel, cheia de fé: “Eu creio que o Senhor vai tirar ele daqui, e não vai demorar”.
Durante 30 dias, cerca de 40 funcionários do hospital participaram da confecção da Árvore de Natal. As 5.500 garrafas descartáveis foram recortadas e pintadas para decorar a árvore, que virou atração. “Nossa preocupação é tornar o Hospital Regional do Baixo Amazonas mais humano e acolhedor. Tem pessoas que estão internadas há quatro anos e isso extrapola o laço profissional”, diz o diretor do hospital, Hebert Moreschi.