Operação
A Polícia Civil apreendeu mais de 6,5 mil maços de cigarros contrabandeados e falsificados durante operação policial, nesta sexta-feira, 11, em Castanhal, nordeste paraense. Sob comando da delegada Rosamalena Abreu, da Divisão de Investigações e Operações Especiais (DIOE), a ação policial percorreu dez pontos comerciais onde os produtos ilegais eram expostos à venda. Os vendedores foram intimados a comparecer à sede da DIOE, na próxima semana, para prestar depoimento. A operação contou com a presença do diretor da ABCF (Associação Brasileira de Combate à Falsificação), Rodolpho Ramazzini, que veio de São Paulo acompanhar a ação policial.
Conforme a delegada, a operação é resultado da troca de informações entre a Polícia Civil do Pará, por meio da DIOE, e a ABCF, para combate às falsificações no Estado. De acordo com o levantamento feito pela Associação e repassado à DIOE, cigarros das marcas Convair, Record e Gool, eram comercializadas de forma irregular, na feira de Castanhal, pois são contrabandeadas do Paraguai. “Há casos de falsificação e de produtos sem autorização da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) para venda”, detalha.
De acordo com Rodolpho Ramazzini, o Brasil perde em média R$ 40 bilhões por ano de arrecadação de impostos por conta de falsificações. "Só o Estado do Pará tem um prejuízo de cerca de R$ 75 bilhões por ano por conta da sonegação fiscal causada pela venda desses produtos", salienta. Além disso, detalha o diretor da ABCF, o cigarro falsificado é acima de tudo um problema de saúde pública, pois são de baixo padrão de qualidade e tem seis vezes mais nocivos à saúde que os cigarros originais. Todos os produtos apreendidos irão ficar recolhidos no depósito da Receita Federal, em Belém. Os responsáveis pela venda dos produtos poderão responder por crimes de induzimento de consumidor a erro, fraude no sistema financeiro e crimes contra as relações de consumo.
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