Pesquisa
Representantes da Fundação Amazônia Paraense de Amparo à Pesquisa (Fapespa) e da Universidade Federal do Pará (UFPA) assinaram nesta sexta-feira (7), no auditório da Secretaria Geral dos Conselhos Superiores Deliberativos da UFPA, dois convênios para a criação do Polo de Ciência e Tecnologia do Mar e Petróleo do Nordeste do Pará. Também foi assinado o acordo de doação do terreno onde será construída a Casa de Cultura Fonte do Caranã.
A Casa de Cultura Fonte do Caranã objetiva a integração da universidade com a comunidade local, por meio de linhas de pesquisa e de atividades de extensão nas áreas cultural e histórica. A iniciativa é parte integrante da criação do Polo de Ciência e Tecnologia do Mar e Petróleo, no campus da UFPA em Salinópolis, e visa à abertura de caminhos nas áreas estratégicas das engenharias do mar e petróleo, com ênfase à área tecnológica.
Por promover atividades de fomento, apoio e incentivo à pesquisa científica e tecnológica no Estado, a Fapespa acredita que o Polo Científico do Mar e Petróleo do Nordeste do Pará abrirá caminhos no momento em que a indústria do petróleo volta a atenção para a exploração e produção nas bacias sedimentares da margem equatorial. “Este projeto trata de assuntos de interesse público. É, portanto, nosso dever tomar medidas de tutela ambiental para garantir todos esses ativos ao cidadão, afora as externalidades positivas que decorrerão da implantação do polo, naquela região que beneficiará todo o entorno", disse o presidente da Fapespa, Mário Ribeiro.
Entre as linhas de pesquisa que serão abordadas pela Casa de Cultura, estão as pesquisas históricas sobre o acervo linguístico-histórico que precede à colonização, estudos e modelos de desenvolvimento socioeconômico regional e sustentável, estudos sobre as condições da pesca artesanal e profissional e a reconstrução e ativação do folclore regional.
Para o reitor da UFPA, Carlos Maneschy, a criação do Polo de Ciência e Tecnologia do Mar e Petróleo é um momento histórico para o povo paraense. “Esta não é uma obra só para Salinas, mas para toda a sociedade, além de ser uma oportunidade para mudar a vida dos meninos e meninas de Salinópolis”, ressaltou.
A microrregião do Salgado tem uma população estimada em mais de 250 mil habitantes e vários centros urbanos, que são, em sua maioria, centros pesqueiros ou de lazer para as classes média e alta de Belém. A microrregião do Salgado foi escolhida para abrigar o Polo de Ciência e Tecnologia por estar no litoral paraense, uma região sensível a derrames de óleos. Além disso, a área tem a expectativa de produção de petróleo.