Transportes
O governo do Estado apresentou nesta quarta-feira, 08, o plano de ação para as próximas etapas da obra de reconstrução da ponte Moju Cidade. O cronograma leva em conta os prazos previstos pelas atividades desenvolvidas por engenheiros e técnicos que trabalham na obra, mas descarta as intempéries naturais que envolvem o projeto - fato que, por vezes, já obrigou a extensão de algumas ações desde que o acidente provocado pela manobra mal sucedida de uma balsa carregada com 900 toneladas de óleo de palma derrubou parte da estrutura de concreto, há um ano.
A reunião, realizada no auditório da Escola Estadual Professora Ecília Pantoja da Rocha, no município de Moju, faz parte do cronograma firmado entre governo do Estado - por meio do Grupo de Trabalho que atua na região - e lideranças políticas e representantes da sociedade civil que acompanham o andamento das obras de reconstrução. O encontro, no entanto, decepcionou pelo número de participantes.
“A ausência dessas pessoas aqui (no encontro) é uma prova de que parte desses manifestantes se aproveita de um problema que atinge nossa população para fazer autopromoção política. Se esses políticos se preocupam tanto com nosso município, porque não repassam emendas parlamentares para melhorar as condições de urbanização e asfalto da nossa cidade?”, questionou, em seu pronunciamento, o prefeito do Moju, Deodoro Pantoja da Rocha.
Um dos assuntos mais debatidos no encontro foi a inviabilidade, pelo governo do Estado, de uso dos barqueiros locais no transporte de passageiros, nesse primeiro momento. Do ponto de vista econômico, o valor de R$ 312 mil mensais cobrados pela cooperativa formada por 33 profissionais do setor ultrapassa o teto estabelecido pela Agência Estadual de Regulação e Controle de Serviços Públicos (Arcon), responsável pela contratação dos serviços. Quanto à segurança, é impossível oferecer o transporte sem que as embarcações adquiram o licenciamento expedido pela Capitania dos Portos para quem exerce esse tipo de atividade.
A solução apresentada pela Arcon para evitar que a população continue arcando com as despesas de travessia é a utilização da embarcação com capacidade para 100 pessoas, contratada pelo governo do Estado e já ancorada no local. O transporte nesse barco será gratuito e a previsão é que as viagens aconteçam a cada 15 minutos, entre uma margem e outra.
“Temos tentado, de diversas formas, encontrar um amparo jurídico para utilizar as pequenas embarcações que fazem a travessia, mas ainda não encontramos esse respaldo. E sem ele fica inviável firmar qualquer tipo de parceria, uma vez que lidamos com recursos públicos, que precisam ser utilizados e justificados dentro da legalidade”, explicou o diretor geral da Arcon, Andrei Castro.
Satisfação – A ausência de certas lideranças comunitárias e políticos da região durante o encontro realizado no Moju não deixa de ser uma resposta positiva às medidas adotadas pelo governo do Estado para agilizar e organizar a travessia de carros e pedestres, nos últimos dias. Com a chegada de mais uma balsa birrampa, veículos de passeio não passam mais que 25 minutos para realizar o trajeto sobre o rio.
A própria avaliação positiva durante a movimentação de veículos no feriado da Semana Santa mostra que a estratégia adotada pelo Grupo de Trabalho que atua no local tem rendido bons resultados. Uma das poucas queixas apresentadas durante a fala dos participantes diz respeito à travessia de caminhões que transportam combustíveis, que ainda esta semana também será agilizada.
Outra medida importante será os trabalhos de melhoria da PA-252. Os trabalhos concentram-se, inicialmente, nos dez primeiros quilômetros do trecho conhecido na região como ‘atalho da sococo’. Homens e máquinas iniciaram o trabalho de terraplanagem e alargamento da via, que, em pouco tempo, será uma opção a mais para a travessia do rio. O reforço do policiamento na cidade do Moju também foi uma medida bastante elogiada pelos participantes do encontro. Homens da Polícia Militar, inclusive da Rotam, estão destacados em vários pontos do município.