A retirada da segunda língua de concreto da ponte Moju Cidade chegou a 70% nesta segunda-feira, 29. A opção por dividir a estrutura de concreto em três partes surgiu em decorrência das intempéries naturais que dificultam a operação - inédita no Brasil - em diferentes partes do dia. As equipes têm, inclusive, estendido os trabalhos até as primeiras horas da madrugada numa forma de aproveitar a baixa intensidade dos ventos e o tempo sem chuva. Já nos próximos dias, o projeto de retirada da segunda língua será totalmente concluído.

O trabalho de remoção das estruturas de concreto - abaladas por uma balsa carregada com 900 toneladas de óleo de dendê que se chocou com a ponte há pouco mais de um ano - é o ponto crucial para a reconstrução da ponte Moju Cidade. Para realizar a ação sem riscos para o meio ambiente e com a garantia de que a parte que permaneceu de pé não sofreria outros danos com os cortes das línguas, o governo do Estado utilizou-se do A-Frame, equipamento desenvolvido exclusivamente para executar a atividade de retirada do que foi abalado.

Ao mesmo tempo em que o A-Frame atua no corte e remoção seguros da parte abalada da ponte, engenheiros e técnicos das empresas contratadas pela Secretaria de Estado de Transportes (Setran) atuam no desenvolvimento dos demais itens de reconstrução da ponte Moju Cidade. Entre eles, a remoção do concreto que ficou no fundo do rio Moju, as vigas de sustentação dos pilares abalados e as placas de metal que reforçarão as novas áreas suspensas.

Férias – O sistema de travessia coordenado pelo Grupo de Trabalho do Moju também garante agilidade no transporte de carros de passeio e transporte coletivo, mesmo para o período de julho, entre as duas margens do rio. A ausência de filas de veículos durante os feriados mais recentes mostram que o esquema tem tudo para funcionar com eficiência também no mês de julho, quando o período de férias escolares supõe aumento no fluxo de veículos durante a travessia.

Atualmente, três balsas, sendo duas delas birrampa, realizam o serviço de travessia de carros, ônibus e caminhões. A recuperação das vias de acesso às rampas e a recuperação das estruturas de concreto para embarque e desembarque também contribuíram para a agilidade e segurança na travessia. Câmeras de monitoramento nos pontos de transporte e o aprimoramento no sistema de comunicação entre os dois lados da travessia também somam para a agilidade e sincronia no serviço feito por balsas.

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