Círio 2015
O governador Simão Jatene recebeu nesta terça-feira (6), no Palácio do Governo, convite do vice-almirante Alípio Jorge, comandante do 4º Distrito Naval, para acompanhar o Círio Fluvial, no próximo sábado (10), a bordo do navio Garnier Sampaio, da Marinha do Brasil. É nele que a imagem peregrina de Nossa Senhora de Nazaré será conduzida pela Baía do Guajará, de Icoaraci, até a Escadinha do Cais do Porto, no centro de Belém.
Durante a reunião, foram apresentados os preparativos para a Romaria Fluvial, que este ano deve reunir 400 embarcações, segundo estimativa da Diretoria da Festa. “Além do convite, viemos mencionar a nossa preparação, o comprometimento da Marinha para que tudo ocorra bem durante o Círio Fluvial, pois sabemos o quanto é importante para o Estado e a população. Estamos nos esforçando o máximo para o êxito da romaria”, disse Alípio Jorge.
O governador agradeceu pelo convite e ressaltou as demonstrações de fé que todos os anos podem ser acompanhadas durante a romaria. “É um espetáculo de devoção e fé do povo ribeirinho e dos paraenses de uma forma geral que me emociona sempre. O Círio é uma época em que a cidade e o Estado se enchem de alegria e homenagens, e todos os anos faço questão de sentir e presenciar esse momento”, ressaltou Simão Jatene.
Tradição – No Círio das Águas, as embarcações percorrem cerca 18,5 km pela Baía do Guajará. A peregrinação começa após missa celebrada em Icoaraci, na chegada da Romaria Rodoviária. A imagem da Virgem de Nazaré é colocada na Corveta da Marinha para seguir rumo ao centro de Belém. Na chegada à Escadinha do Cais do Porto, a padroeira é recebida com honras de chefe de Estado pela Polícia Militar. A tradição data de 1999, em função da Lei Estadual nº 4.371, de 15 de dezembro de 1971, que proclamou a Virgem de Nazaré, padroeira do Pará, merecedora da grande homenagem.
A primeira Romaria Fluvial foi organizada pela Companhia Paraense de Turismo (Paratur), com a saída do Trapiche de Icoaraci no dia 8 de outubro de 1986. O responsável foi o presidente da Paratur na época, o historiador Carlos Rocque. O Círio foi acompanhado por cerca de 30 barcos e marcado por imensa emoção, no momento em que uma grande auréola luminosa surgiu no céu contornando o sol. O fenômeno foi considerado um sinal de bênção e aprovação da Virgem de Nazaré àquela manifestação de fé dos devotos.
Para a romaria nas águas da Baía do Guajará, foi confeccionada mais uma réplica da berlinda, usada até 2002. No ano seguinte, ela foi substituída pela cúpula de vidro que é usada até hoje. Ela permite maior visibilidade da imagem pelos ribeirinhos e fiéis. (Com informações da Diretoria da Festa de Nazaré)
